Além da inovação aportada pelo CRM Virtual, outra solução tecnológica aperfeiçoada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), ao longo de 2020, promete também facilitar a vida do médico brasileiro. São as inovações que afetam a Cédula de Identidade Médica. A partir de agora, ela poderá ter uma versão digital que pode ser armazenada no aparelho de telefone celular.
Apesar de não possuir o chip disponível em sua versão física, que possibilita a ativação da certificação digital e de um avançado sistema antifraude, a chamada Credencial Médica pode ser usada como documento de identificação do seu portador.
Atributos – Uma das vantagens dessa versão é que ela será automaticamente atualizada em caso de inserção de novos atributos na base de cadastramento dos Conselhos de Medicina. Ou seja, a inserção de um número de Registro de Qualificação de Especialista (RQE), por exemplo, não exigirá, obrigatoriamente, a emissão de uma nova Cédula de Identidade Médica em cartão de policarbonato (similar ao de cartões de crédito).
Conforme lembra o conselheiro Adriano Meira, membro da Comissão de Comunicação do CFM, a novidade abrange documentos emitidos nos últimos anos. As carteiras que foram produzidas a partir de 1º de agosto de 2017 já podem ter versão digital do documento. Quem retirou a carteira antes dessa data terá que fazer uma nova identidade médica, porque o sistema anterior não é compatível com a novidade.
Para fazer a implementação no seu aparelho celular, o interessado tem que acessar as lojas da Apple e do Google e fazer gratuitamente o download do aplicativo “Credencial Médica”.
Versão física – Caso o médico opte por ter apenas uma versão física do seu documento de identidade médica, considerando-se que a adesão à nova interface é facultativa, ele poderá continuar a utilizar o seu CRM Digital, que possui um chip de certificação digital que, se ativado, lhe permite o acesso a sistemas de prontuários eletrônicos de pacientes (PEP) e o uso dessa chave para fins fiscais.
Entre as facilidades que essa certificação traz está a possibilidade de envio da declaração do Imposto de Renda de modo simplificado, além de economia de tempo na solicitação de serviços na Receita Federal. Essa assinatura poderá ser usada também para validar contratos e gerar procurações eletrônicas. A leitura de informações é feita de acordo com o padrão ICP-Brasil.
Solicitação – Para obter o CRM Digital, o médico deve realizar a solicitação junto ao Conselho Regional de Medicina no qual está inscrito. “O CRM Digital oferece uma série de benefícios; contudo, é preciso estar atento para não se expor em situações de risco”, alerta Dilza Ambrós, secretária-geral do CFM.
Segundo ela, o CRM Digital (versão física) não deve ser plastificado para não comprometer a imagem latente, um dos itens de segurança de suma importância, e nunca deve ser emprestado a terceiros (secretária/estagiário). Por ter validade jurídica, o CRM Digital é pessoal e intransferível e deve ser usado apenas pelo titular.