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A falta de qualificação de médicos e a ausência de regras para o transporte aeromédico
de pacientes
são abordados no encontro, no dia 2, em Brasília

Os médicos que dão suporte e fazem triagem de pilotos e comissários de bordo estão devidamente capacitados para essa atividade? No Brasil, existem regras claras para o transporte aéreo de passageiros doentes, assim como profissionais preparados para acompanhá-los? O país possui números fiéis sobre o volume de ocorrências de saúde em aeronaves? Essas três questões que precisam de respostas urgentes nortearão os debates do I Fórum Nacional de Medicina Aeroespacial, organizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que acontece nesta terça-feira (2 de agosto), em Brasília.

A pauta é extensa e para debater todos os aspectos relacionados aos pontos levantados, já confirmaram presença cerca de 150 especialistas e interessados no assunto. Eles terão a oportunidade de aprofundar o debate a partir de exposições de convidados do Ministério da Saúde, da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) e de representantes de sociedades médicas. Além deles, trarão subsídios estudiosos de renome internacional, como Melchor Antuñano, da Federal Aviation Administation (agência oficial dos Estados Unidos que se dedica ao tema), e Farhad Sahiar, da Wright State University, uma das poucas escolas no mundo que oferece formação e especialização em Medicina Aeroespacial.

“Queremos suscitar o debate para que passageiros e tripulantes brasileiros recebam a atenção e os cuidados merecidos. O Conselho Federal de Medicina tem a preocupação de assegurar à sociedade acesso aos serviços qualificados. A demanda na área já se mostra importante e exige posições sérias e consequentes”, aponta um dos organizadores do I Fórum, conselheiro Frederico Henrique de Melo, que também é coordenador da Câmara Técnica do CFM que se dedica ao tema.

Capacitação – Atualmente, o Brasil não possui cursos que ofereçam a formação plena aos médicos que pretendem trabalhar como examinadores de aeronautas. Para a Sociedade Brasileira de Medicina Aeroespacial, é necessário definir requisitos para que estes especialistas civis tenham acesso à conteúdos que os permitam examinar pilotos, copilotos, comissários de voo e outros profissionais da aviação. Com isso, poderão perceber as deficiências ou fragilidades dos tripulantes que possam comprometer o exercício de sua função ou de sua própria saúde.

Outro aspecto que preocupa os componentes da Câmara Técnica do CFM e que será abordado no debate de terça-feira se relaciona à fragilidade de regras para o transporte aeromédico no país. Faltam critérios claros que estabeleçam quem transportar, quando fazê-lo e sob quais condições. A preocupação é uma só: a exposição desnecessária dos pacientes a situações de risco que, em casos extremos, pode comprometer o bem estar ou até a vida dos indivíduos.

Além disso, médicos que atuam na área, ainda carecem de formação com conteúdos relacionados a procedimentos de urgência e emergência. “O ambiente aéreo precisa também de saúde. O grande volume de passageiros nos exige essa responsabilidade. A massificação do transporte em aviões coloca todos os dias milhares de pessoas num ambiente incomum, o qual exige cuidados e atenções específicas”, afirmou o brigadeiro-médico Flávio Xavier Murici, representante da Aeronáutica na Câmara Técnica do CFM.

Desdobramentos – O I Fórum Nacional de Medicina Aeroespacial pretende ser um marco nos debates específicos sobre o tema. A partir de sua realização, espera-se que representantes de diferentes áreas do governo e da sociedade busquem, de forma conjunta, soluções para os problemas apresentados. “Vamos colaborar de todas as formas possíveis para que sejam garantidas condições para o bom exercício da Medicina, primando pela qualidade da assistência”, ressaltou o conselheiro Frederico Melo, ao apontar que, durante o encontro, o CFM consolidará um gesto em favor da sociedade.

Durante o Encontro foi lançada a publicação Doutor, Posso Viajar de Avião? – Cartilha de Medicina Aeroespacial, elaborada por meio de uma parceria entre o CFM e a Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo. São 70 páginas que reúnem recomendações a médicos e pacientes sobre medidas que podem ser adotadas para garantir um voo seguro em casos onde o passageiro apresenta sintomas de alguns problemas de saúde.

 A cartilha, cuja tiragem inicial é de 5 mil exemplares, será distribuída entre entidades médicas, profissionais interessados, escolas de medicina e empresas de aviação. Também será possível acessar o documento pela internet, no site do CFM (www.portalmedico.org.br).  “É importante mostrar, sobretudo aos médicos, o peso da orientação antes da viagem. É preciso que o profissional esteja ciente das recomendações que devem ser feitas a cada um dos passageiros/pacientes, segundo seu quadro clínico”, explicou Frederico Melo. Para ele, ao fazer as orientações em seu consultório, o profissional cumpre com o importante papel de agente de prevenção e de educação em saúde.

Entre os itens que constam da cartilha estão orientações para o transporte de gestantes, de crianças, de portadores de doenças respiratórias, cardiovasculares e de transtornos psiquiátricos. Para os passageiros, o conselheiro do CFM acrescenta: apesar das recomendações serem simples, não pode prescindir da opinião de um médico se houver dúvidas.

 
PROGRAMAÇÃO
 
8h30– Credenciamento
 
9h Abertura
Presidente do CFMRoberto Luiz d’Avila
Membros da Câmara Técnica de Medicina Aeroespacial do CFM – Frederico de Melo (2º tesoureiro do CFM), Flavio Murici Xavier (Diretor de Saúde da Aeronáutica), Marco Antonio Cantero (gerente médico da TAM) e Vânia Elizabeth Melhado (ex-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Aeroespacial e professora da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo).
 
9h30 – Conferência: Aspectos Aeromédicos da Aviação Comercial
Melchor Antuñano – CAMI/Federal Aviation Administation – USA
 
10h20 – Intervalo
 
10h30 – Mesa Redonda: Transporte Aeromédico
Coordenador: Frederico Henrique de Melo – 2º tesoureiro do CFM
 
10h30 – Transporte Aeromédico – Ambulância Aérea
Cloer Vescia Alves – Sociedade Brasileira de Medicina Aerorespacial
 
11h – Regulamentação Médica para o Transporte Aeromédico
Marcos Afonso Braga Pereira – ANAC
 
11h30 – Regulamentação Médica para o Transporte de Pacientes no Brasil
Paulo de Tarso Monteiro Abrahão – Coordenação Geral de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde
 
12h – Debate
 
12h30 às 14h – Intervalo para almoço
 
14h – Conferência: Formação Médica em Medicina de Aviação e Medicina Aeroespacial
Farhad Sahiar – Wright State University  – Dayton/OH
 
15h – Mesa Redonda: Formação Médica em Medicina de Aviação
Coordenador: Carlos Vital Tavares Corrêa Lima – 1º vice-presidente do CFM
 
15h – Formação Médica em Medicina de Aviação e Medicina Aeroespacial – Realidade Brasil
João de Carvalho Castro – Sociedade Brasileira de Medicina Aerorespacial
 
15h30 – Formação Médica em Medicina de Aviação para Médico Examinador
Marcos Afonso Braga Pereira – ANAC
 
16h – Debate
 
16h30 – Intervalo
 
17h – Conferência: Aspectos Aeromédicos nos Voos Espaciais Comerciais
Melchor Antuñano – CAMI/Federal Aviation Administation – USA
 
18h – Encerramento

 

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