A prevenção à Síndrome de Burnout entre os médicos conquistou espaço prioritário na agenda do Conselho Federal de Medicina (CFM). Juntamente, com algumas sociedades de especialidades, a autarquia pretende desenvolver um plano de ação para reduzir a incidência de casos de esgotamento profissional junto à categoria. O tema foi discutido durante o I Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina de 2017, na sexta-feira (17).

 

Como estratégia para atingir esse objetivo, há a possibilidade de uso dos programas de Educação Médica Continuada (EMC) e as ações de fiscalização. A intenção é contribuir para o fortalecimento da autoestima dos médicos, debatendo com eles as soluções para os desafios do exercício profissional, além de oferecer esclarecimentos sobre o adoecer psíquico.

 

Especialidades – Segundo o conselheiro federal Salomão Rodrigues Filho, membro da Câmara Técnica de Psiquiatria, pesquisas mostram que 45,8% dos médicos relataram sintomas da Síndrome de Burnout em algum momento de suas carreiras. De acordo com ele, trata-se de problema mais comum entre os médicos do que entre outras categorias de trabalhadores.

 

Os mais afetados são médicos que atuam em especialidades da linha de frente do acesso aos cuidados, ou seja, sofrem mais diretamente com a pressão de pacientes, familiares e da sociedade, tendo muitas vezes que lidar com cenários de carência em termos de infraestrutura e de recursos materiais e humanos. Neste grupo, estão clínica médica, medicina de urgência e emergência e medicina de família e comunidade, de acordo com estudo publicado pelo jornal científico Archives of Internal Medicine em 2012.

 

De acordo com o conselheiro Salomão Rodrigues, os médicos passam por uma crise profissional intensa em todos os sentidos, com agressões governamentais, abertura desenfreada de cursos [sem qualidade], remuneração achatada e limitações de instrumentos de trabalho. Entre os sintomas prevalentes da Síndrome de Burnout, ele destaca tristeza, pessimismo, perda do entusiasmo, instabilidade emocional, isolamento, ansiedade, dificuldade de concentração, déficit de memória, atitudes de cinismo, irritabilidade, agressividade, exaustão e perda do sentimento de realização pessoal.

 

Experiência – Durante o I ENCM, os participantes trocaram experiências sobre como diferentes Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) enfrentam o problema.  Alagoas e o de Mato Grosso do Sul são alguns dos exemplos. Eles empreenderam projetos para conscientizar a comunidade médica sobre a necessidade de o médico desenvolver uma estratégia para enfrentar os desafios da profissão e se tratar quando adoece.

 

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Alagoas (Cremal) desenvolveu atividade para aumentar a resiliência entre médicos a partir de informações colhidas durante as capacitações do programa de Educação Médica Continuada (EMC) ou depois da observação de psiquiátrica durante atendimento de médicos. Baseado nessas informações desenvolveu ações políticas e de integração entre o CRM e os médicos. Além disso, foi colocado em prática um programa de desenvolvimento de resiliência em profissionais médicos, habilidade que pode ser utilizada como forma de proteção contra o Burnout.

 

“Incluímos em nossos módulos de Educação Médica Continuada debates sobre a qualidade de vida. Também fizemos seminários a cada ciclo de fiscalização, convidando os médicos dos ambientes visitados para discutir o que foi encontrado, quais as soluções possíveis e mostrando como o engajamento de cada um pode contribuir com as melhorias necessárias”, descreve o conselheiro Emmanuel Fortes Cavalcante, 3º vice-presidente do CFM e coordenador da Câmara Técnica de Psiquiatria.

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