Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), o ministro da Saúde, Humberto Costa, afirmou ontem (19/04) que a decisão sobre o período de internação de pacientes em leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) será sempre dos médicos responsáveis. Recentemente, teve grande repercussão iniciativa do ministério de organizar protocolos sobre internação de doentes em UTIs do Sistema Único de Saúde (SUS). – Os protocolos são feitos por associações de médicos. Não é um burocrata quem decide; a última palavra é do próprio médico. Não cabe, e seria ilegal de nossa parte, estabelecer qualquer restrição para um profissional sobre prazos de internação na UTI – disse Costa. Para o ministro, a polêmica se deu pela “politização do processo”. Segundo assegurou, o ministério garantirá que o número de leitos em UTIs oferecidos pelo SUS esteja dentro da média internacional. Costa observou que o Brasil tem déficit no número de leitos de UTIs nos estados do Norte e do Nordeste, devido principalmente à falta de médicos especializados. O ministério, observou, pretende investir em uma rede de atendimento semi-intensivo, que serviria a pacientes que não precisam de cuidados tão rigorosos como os da UTI, mas não estão suficientemente bem de saúde para ficarem em leitos comuns. Fonte: Agência Senado