O Hospital Base do Distrito Federal (HBDF) e a Associação Parkinson Brasília realizam, no dia 9 de agosto, das 14 às 18 horas, a segunda edição do Mutirão do Parkinson, ação de conscientização sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da doença de Parkinson (DP), que atinge cerca de 200 mil pessoas no País.
O evento reunirá especialistas do HBDF que farão atendimento especializado, aos interessados, no ambulatório de neurologia do hospital. Os prováveis casos de doença de Parkinson detectados serão encaminhados para avaliações mais detalhadas em outras datas.
“Um evento desse porte é uma excelente oportunidade para as pessoas que não têm acesso à rede pública realizarem consultas em um hospital especializado em Parkinson. Além disso, pode-se minimizar a probabilidade do diagnóstico tardio e do início do tratamento , propiciando assim, mais qualidade de vida ao paciente”, explica o Dr. Nasser Allam, neurologista do HBDF e coordenador do evento.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1% da população com mais de 65 anos é portador da doença. São pelo menos, quatro milhões de portadores no mundo e a estimativa é que esse número dobre até 2040, em decorrência do aumento da expectativa de vida da população. A estimativa do Ministério da Saúde é que, no Brasil, pelo menos 200 mil pessoas sejam portadoras de Parkinson. É uma doença degenerativa do sistema nervoso central com caráter crônico e progressivo, cuja etiologia exata ainda encontra-se indefinida, mas sua consequência principal é uma diminuição na produção de um neurotransmissor chamado dopamina (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas). A dopamina está presente em vias nervosas que estão relacionadas aos movimentos, à postura e ao tônus muscular.
O tratamento mais comum para a doença de Parkinson é o farmacológico, ou
seja, o que utiliza medicamentos, que alivia os sintomas por meios de substâncias que se assemelham à dopamina. Uma das substâncias mais antigas usadas no tratamento é a levodopa, que, apesar de sua inquestionável eficácia no tratamento sintomático da doença, pode desencadear reações bastante limitantes, como alguns movimentos involuntários anormais (discinesias), se for usada por um longo período.
Outro grupo de medicamentos mais recentes é o dos agonistas dopaminérgicos, como, por exemplo, o pramipexol, que tem demonstrado menor incidência de flutuações motoras, oscilações do desempenho motor associadas ao tratamento, em relação ao uso da levodopa isoladamente em longo prazo, assim como da ocorrência de discinesias (movimentos involuntários anormais que afetam principalmente as extremidades, o tronco ou a mandíbula e podem decorrer do tratamento dopaminérgico da doença de Parkinson, como por exemplo, a levodopa) Os dois medicamentos são fornecidos gratuitamente pela rede pública de saúde.
A doença de Parkinson é uma doença neurológica crônica, progressiva,
degenerativa e até os dias de hoje, incurável. Foi originalmente descrita
pelo médico inglês James Parkinson em 1817, no entanto, somente no início da década de 60 pesquisadores conseguiram identificar no cérebro de pacientes as alterações patológicas e bioquímicas que se constituem na marca da doença.
A 2ª edição do Mutirão do Parkinson é realizada pelo Hospital de Base do
Distrito Federal, em conjunto com a Associação Parkinson Brasília, e conta com o apoio do laboratório Boehringer Ingelheim do Brasil.
Serviço
Local: Ambulatório de Neurologia do HBDF – Hospital de Base do Distrito
Federal
Data: 9 de agosto de 2010
Horário: das 14 às 18 horas