O Ministério da Saúde e as secretarias de Saúde de São Paulo e do Distrito Federal realizaram ontem (01/02) uma simulação para avaliar o sistema de alerta e resposta rápida para a notificação de casos suspeitos de gripe causada por um novo vírus. A simulação cumpriu todas as etapas propostas para avaliar a preparação da vigilância epidemiológica e da assistência, dois itens do plano nacional de preparação para uma pandemia de influenza, cumprindo todas as etapas planejadas. Dentro de dois dias, os órgãos envolvidos divulgarão uma avaliação completa do teste realizado. Procedimentos como o realizado são recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e previstos no plano nacional, divulgado pelo Ministério da Saúde durante o Seminário Internacional de Gripe, ocorrido em novembro do ano passado, no Rio de Janeiro. O teste envolveu os casos fictícios de dois empresários vindos de países da Ásia e da Europa Oriental com sintomas compatíveis com complicações da gripe. A simulação ocorreu nas seguintes etapas: a notificação inicial foi feita em um telefonema à equipe de plantão dos hospitais Emílio Ribas, em São Paulo, e Regional da Asa Norte, em Brasília. Sucessivamente, os demais níveis foram sendo acionados, inclusive com telefonemas aos setores de vigilância epidemiológica do município e do estado de São Paulo, do Distrito Federal e do Ministério da Saúde, feitas por supostos “parentes dos casos”. Foram avaliados os procedimentos de notificação, investigação, conduta clínica e outras medidas adotadas, visando a esclarecer os fatores relacionados ao evento em si e as medidas indicadas para evitar a disseminação de um problema deste tipo entre a população. Os itens avaliados serão: § procedimentos de notificação; § tempo de comunicação da notificação dos “casos” do nível local aos níveis municipal, estadual e nacional; § referências utilizadas como fontes de consulta para esclarecimento de dúvidas técnicas; § instrumentos utilizados para o registro da notificação; § recomendações adotadas para a busca das pessoas que tiveram contato com os “pacientes”; § orientações ao “paciente” e a esses “contatos”; § formulação de hipóteses para o diagnóstico; § exames e tratamento prescritos; § adoção de medidas de proteção individua e coletiva; § orientações para coleta de amostras clínicas e cuidados na remessa para laboratório. Simulações deste tipo servem para identificar a necessidade de aprimoramento e serão continuamente realizadas, envolvendo várias dimensões do Plano de Preparação para a Pandemia de Influenza. Fonte: Agência Saúde
Gripe: Saúde simula atendimento de casos suspeitos
02/02/2006 | 02:00