CRM VIRTUAL

Conselho Federal de Medicina

Acesse agora

Prescrição Eletrônica

Uma solução simples, segura e gratuita para conectar médicos, pacientes e farmacêuticos.

Acesse agora

A greve dos residentes deflagrada nesta terça em todo o País registra adesão de mais de 80% da categoria, segundo a Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR). São mais de 22 mil residentes fazendo sua formação em 50 especialidades e que também estão em 70% dos atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). O presidente da ANMR, Nívio Moreira Junior, considerou a mobilização como uma das maiores da história da categoria, que fez nesta terça atos públicos, passeatas e plenárias em todos os estados (com exceção do Tocantins, que não tem programas de residência) e no Distrito Federal.

Nesta quarta, as paralisações se mantêm com atividades locais, como audiências com secretários estaduais de Saúde e parlamentares, além de caminhadas e concentrações nos hospitais. O presidente da ANMR informou que a Comissão Nacional de Greve começa nesta quarta, dia 18, a avaliar as deliberações de assembleias estaduais sobre a proposta de reajuste de 20%, oferecida pelo governo federal.

A proposta, formalizada nesta terça, está no site da ANMR. Os residentes reivindicam correção de 38,7% e ampliação de benefícios, como a criação da 13ª bolsa. A bolsa, hoje em R$ 1.916,45, está congelada há mais de três anos. Como estão previstas novas adesões, principalmente em São Paulo e Paraná, a partir de quinta-feira (capital paulista) e sexta-feira no estado paranaense, a decisão final sobre a oferta federal deverá ser definida até o final de semana.

“Já temos sinalizações de muitos estados, mas não vamos decidir nada antes uma posição de todo o movimento. Os residentes estão mostrando sua força e quanto esperam que sua formação seja realmente valorizada”, ressaltou o presidente da ANMR. A entidade denuncia diversas irregularidades na condução dos programas de residência nos hospitais, como sobrecarga de trabalho e carga horária além das 60 horas semanais e falta de médicos preceptores
(orientadores dos residentes). “É inaceitável o médico residente ser explorado como mão de obra barata”, critica Moreira.  A ANMR criou o e-mail denuncia@anmr.org
, para receber queixas da categoria em todo o País, incluindo represálias a quem aderiu à greve por gestores e preceptores. Os relatos serão encaminhados aos órgãos competentes.

A paralisação é por tempo indeterminado. Além de protestos, os médicos promovem atendimentos à população, como tomada de pressão arterial e testes de glicose. As iniciativas objetivam mostrar a atuação dos médicos e importância para a qualidade na assistência.

VEJA O QUADRO DA MOBILIZAÇÃO:

AMAZONAS: Apenas Manaus tem residência médica, com cerca de 200 médicos residentes. O Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) e a Fundação Hospital Adriano Jorge, os dois maiores hospitais com programas de especialização médica, aderem 100% à greve. Nesta terça-feira, 17, os residentes se reúnem em frente ao HUGV a partir das 9h, quando realizam uma mobilização e depois se reúnem para definir detalhes da greve.

BAHIA: adesão de 80%. Os residentes concentraram-se em frente ao Hospital das Clínicas e realizaram assembleia no final da manhã, rejeitando de forma unânime o índice de 20% de reajuste oferecido pelo governo federal. Estão no movimento médicos dos hospitais das Clínicas, Roberto Santos, Santo Antônio, Santa Isabel e São Rafael. Essas cinco instituições abrigam cerca de 90% dos pós-graduandos do Estado. Adesões em Itabuna em Feira de Santana.

CEARÁ: adesão de 80%. Na manhã desta terça, 17, cerca de 300 residentes foram à Assembleia Legislativa, onde houve pronunciamentos de deputados e médicos. O aumento oferecido pelo governo só será tema de debates na quinta-feira. Comissão Local de Greve e diretoria da AMERECE se reúnem na noite de terça, no Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará (R. Pereira Filgueiras, 2020, sala 908 – Aldeota). Aderem: Hospital Universitário Walter Cantídio, Hospital Geral de Fortaleza, Hospital Dr. César Cals de Oliveira, Hospital Infantil Albert Sabin, Hospital São José de Doenças Infecciosas, Hospital de Saúde Mental de Messejana, Hospital do Coração e Pulmão de Messejana, Maternidade Escola Assis Chateaubriand, Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, Santa Casa de Misericórdia de Sobral, Centro Dermatológico Dona Libânia, Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara, e Instituto Dr. José Frota.

DISTRITO FEDERAL: mais de 800 médicos residentes e 80% de adesão. Dos 11 hospitais com programas de residência, dez aderiram à paralisação. Em assembleia realizada na manhã de terça, na Associação Médica de Brasília, definiram que vão paralisar 100% das atividades, inclusive emergência, a partir de 72h. Eles ainda buscam levar ao Congresso, ainda na tarde de hoje, documento com as reivindicações da categoria.

ESPÍRITO SANTO: paralisações – Hospital das Clínicas – UFES, Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória e Santa Casa de Misericórdia de Vitória.

GOIÁS: paralisações em Goiânia, nos hospitais Santa Casa de Misericórdia de Goiânia e Hospital da PUC.

MARANHÃO: paralisações em São Luis – Hospital Tarquínio Lopes Filho, Hospital Universitário Materno-Infantil e Hospital Universitário Presidente Dutra.

MINAS GERAIS: cerca de 2,7 mil residentes e 70% de adesão no Estado. Belo Horizonte: cerca de mil médicos pararam nos principais hospitais da capital e região metropolitana. Após ato público realizado pela manhã, no Pronto Socorro da cidade, os residentes se reuniram em assembleia e decidiram, por unanimidade, rejeitar a proposta do governo e manter a greve. Adesão: Hospital das Clínicas, Odilon Behrens, Pronto Socorro João XXIII, Hospital
Infantil João Paulo II, Hospital da Baleia, Instituto Raúl Soares, Hospital Santa Casa, Hospital Socorro, Hospital Eduardo de Menezes, Hospital Center e Maternidade Odete Valadarez.


Interior: a paralisação também tem a adesão de Contagem, Montes Claros, Pouso Alegre, Itajubá, Uberlândia, Uberaba, Pouso Alegre e Juiz de Fora.

PARAÍBA: paralisações em Campina Grande – Hospital Universitário Alcides
Carneiro.

PARÁ: aprovaram paralisação. Dia 19.

PARANÁ: paralisação começa no dia 19.

PERNAMBUCO: aprovaram paralisação. Dia 19

RIO DE JANEIRO: adesão de cerca de 80% dos 4.620 residentes do estado. São 76 hospitais parados, com concetrações em frente às instituições. À noite, haverá assembleia geral da categoria no auditório do Hospital Municipal Salgado Filho, para discutir a proposta de reajuste do governo. Amanhã, os grevistas voltam a concentrar-se em frente aos seus hospitais. Na quinta,
acontecerá caminhada da Câmara Municipal ao prédio do MEC.

SANTA CATARINA: São 600 residentes no Estado e adesão de 90%. Em assembleia estadual na terça-feira, 17, na sede da Associação Catarinense de Medicina, a proposta do governo de reajustar a bolsa em 20% foi rechaçada pela categoria. Florianópolis: Hospital Universitário, Hospital Regional Celso Ramos, Hospital Infantil Joana de Gusmão, Hospital Regional de São José, Maternidade Carmela Dutra, Instituto de Psiquiatria e Instituto de Cardiologia. Joiville: Hospitais Regional Hans Dieter Schmidt, Municipal São José e Maternidade Darcy Vargas. Itajaí: Hospital Universitário Univali.

Tubarão: Hospital Marieta Konder Bornhausen. Criciúma: Hospital São José.

Blumenau: Hospital Regional Universitário.

SÃO PAULO: Concentra o maior número de residentes do País, com dez mil pós-graduandos. Ato em frente ao MASP no dia 19, às 10h.


Capital: deflagram paralisação os residentes do Hospital Heliópolis (Estado), com mais de 120 médicos em programas. A partir de quinta, 19, entram em greve os residentes do Hospital Santa Marcelina (principal hospital do SUS em SP), Hospital das Clínicas da USP (com mais de mil
residentes), do Hospital do Servidor Público Estadual (com quase 400 residentes).

Grande SP: Entraram em greve mais de 200 residentes dos hospitais da Faculdade de Medicina ABC: Hospital Estadual Mário Covas (Santo André), Hospital Municipal Universitário e Hospital Ensino Padre Anchieta (São Bernardo do Campo), Hospital Municipal de Emergências Albert Sabin (São Caetano), Hospital Irmã Dulce (Praia Grande), Hospital da Mulher (Santo André) .

Interior: Catanduva: entram em greve Hospitais da Faculdade de Medicina de Catanduva.

Marília: Hospital das Clínicas da Faculdade de Marília, com adesão de 100 a 120 residentes.

Ribeirão Preto: residentes da Santa Casa aderiram.

São José do Rio Preto: greve a partir desta terça no Hospital de Base, ligado à Faculdade de Medicina de São José do Rio
Preto.

SERGIPE: médicos do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe aderiram à greve.

RIO GRANDE DO SUL: 2,4 mil residentes e adesão de 90% com paralisações em Porto Alegre, Caxias do Sul, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria e Passo Fundo.

 Nesa quarta, passeata ocorre na Capital, com saída em frente à Santa Casa rumo à Assembleia Legislativa. Veja   .

Fonte: ANMR

 

Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.