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O Departamento de Embriologia e Fertilização Humana da Grã-Bretanha concedeu a licença a especialistas da Universidade de Newcastle. Os cientistas estão pesquisando novos tratamentos para doenças como diabetes, mal de Parkinson e mal de Alzheimer. Os especialistas acreditam que esta é não apenas a primeira vez que tal licença é concedida na Grã-Bretanha, mas também na Europa. Mas eles advertem que vai levar pelo menos cinco anos – ou até mais – para que pacientes recebam tratamentos com células-tronco criadas a partir de seu trabalho. Dolly A técnica utilizada para clonagem é a mesma que criou a ovelha Dolly. A clonagem com objetivos terapêuticos foi legalizada na Grã-Bretanha em 2001, mas essa é a primeira licença para realizá-la. A técnica de clonagem envolve a remoção do núcleo de um óvulo humano, que é substituído pelo núcleo da célula do organismo que será clonado, como por exemplo, uma célula da pele. O óvulo é, então, estimulado artificialmente. Isso o leva a se dividir e a se comportar de maneira semelhante a um embrião fertilizado por um espermatozóide. Decisão ‘valiosa’ Alison Murdoch, do Centro de Fertilizade de Newcastle, líder da pesquisa na área, disse: “Essa decisão deverá dar uma visão valiosa sobre o desenvolvimento de muitas doenças.” Mas Murdoch acrescentou: “Realisticamente, nós temos pelo menos cinco anos a mais de pesquisa de laboratório antes de passar a testes clínicos. Isso pode ser abreviado se recebermos recursos adicionais que nos permitam aumentar o tamanho de nossa equipe.” Suzi Leather, diretora do Departamento de Embriologia e Fertilização Humana, disse que a licença inicial de um ano para a pesquisa foi concedida depois de “análise cautelosa de todos os aspectos científicos, éticos, legais e médicos do projeto”. Alastair Kent, do Grupo de Interesse Genético, que representa 130 organizações assistenciais que trabalham em prol de famílias que vivem com doenças hereditárias, disse que potencialmente milhões de pessoas podem se beneficiar dos resultados da pesquisa. A proposta, contudo, tem opositores. David King, biólogo e diretor do grupo de pressão contra a clonagem Alerta Genético Humano, juntamente com seis outros cientistas e peritos em ética, escreveu uma carta ao Departamento de Embriologia e Fertilização Humana pedindo que o pedido de licença para a pesquisa fosse rejeitado. “É muito pouco provável que (essa pesquisa) produza qualquer coisa útil em termos médicos, mas será uma grande ajuda para aqueles que desejam clonar bebês.” Os primeiros embriões clonados do mundo foram criados por cientistas na Coréia do Sul em fevereiro, e uma experiência semelhante também foi realizada nos Estados Unidos. A clonagem de seres humanso com objetivos reprodutivos continua ilegal na Grã-Bretanha, e é sujeita a pena de prisão de dez anos, além de inúmeras multas. Fonte: BBC Brasil

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