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Os ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia vão financiar projetos de pesquisa que utilizem células-tronco embrionárias e adultas, derivadas da medula óssea, de cordões umbilicais e de outros tecidos. Os objetivos são verificar o potencial de uso terapêutico das células-tronco, ampliar o conhecimento dos sistemas biológicos, otimizar o uso da infra-estrutura de pesquisa já instalada no país e investir na formação de pessoal. No total, R$ 11 milhões serão investidos em diversas linhas de pesquisa. Uma parcela equivalente a R$ 8 milhões deve ser desembolsada ainda este ano. Do total previsto para o projeto, R$ 5,5 milhões serão repassados pelo Ministério da Saúde. Os recursos para os estudos, que devem ser desenvolvidos em 24 meses, serão usados para custear pesquisas básicas (experimentações “in vitro”), em fase pré-clínica (experimentos com animais) e clínica (experimentos em seres humanos). O financiamento do estudo já estava previsto antes da aprovação da Lei de Biossegurança, porém englobava apenas experimentos com células-tronco adultas e de cordão umbilical. Agora, as verbas também poderão financiar estudos com células de embriões, desde que cumpridas as exigências legais. Para a realização de estudos com células-tronco embrionárias, a Lei de Biossegurança apresenta algumas restrições. Uma delas diz que os embriões só poderão ser usados por meio de doação, com o consentimento dos pais, e precisam estar congelados há mais de três anos ou congelados na data de publicação da Lei e liberados para pesquisas depois de completados três anos de congelamento. Não serão permitidos o comércio desses embriões, sua produção e manipulação genética. Está vetada a clonagem humana. Transdiferenciação – Os estudos in vitro devem pesquisar, entre outros aspectos, como as células-tronco se transformam em tecidos, como elas podem ser isoladas e induzidas para que sejam utilizadas para fins terapêuticos e como se expandem. Os testes com animais (pesquisa pré-clínica) e seres humanos (pesquisa clínica) abrangem estudos com o sistema nervoso (acidente vascular cerebral, lesões raqui-medulares, doenças neuro-degenerativas, paralisia cerebral e retinopatias), sistema cardiovascular, sistemas endócrino, digestório, respiratório, locomotor e outras patologias, como doenças auto-imunes, genéticas e lesões de pele. Os cientistas acreditam que mais do que uma aplicação terapêutica, a principal contribuição das células-tronco embrionárias será o conhecimento do mecanismo de diferenciação celular, chamado de transdiferenciação. As células-tronco são capazes de se transformar nos mais variados tecidos do organismo. Além do embrião, elas são encontradas no organismo adulto e no sangue do cordão umbilical. As células-tronco embrionárias são as que possuem potencial para se transformar em qualquer outro tipo de célula do corpo humano. O Ministério da Saúde pretende utilizar o potencial de transformação das células-tronco para o tratamento de uma série de doenças e também na reconstituição de tecidos, de pele, de ossos e de dentes. Para distribuição dos recursos e escolha dos centros que receberão o financiamento, serão observados critérios regionais. No mínimo, 30% das verbas serão destinadas a regiões menos desenvolvidas do país, como Norte, Nordeste e Centro-Oeste. País aposta na terapia celular O Ministério da Saúde já investe em terapia celular. Em fevereiro, foi anunciado o início do maior estudo com células-tronco adultas para tratamento de cardiopatias já realizado no mundo. O objetivo é verificar a viabilidade da substituição dos tratamentos tradicionais de cardíacos pela nova terapia. Serão investidos R$ 13 milhões para o tratamento de 1,2 mil pacientes com problemas do coração. A pesquisa patrocinada pelo Ministério da Saúde envolve grupos de portadores de quatro diferentes doenças: infarto agudo do miocárdio, doença isquêmica crônica do coração, cardiomiopatia dilatada e cardiopatia chagásica. Os 1,2 mil pacientes avaliados serão divididos em grupos, com 300 pessoas cada, de acordo com o tipo de doença cardíaca. Em cada um dos grupos, a metade receberá o tratamento tradicional e a outra será submetida à terapia celular. Nesse caso, cada paciente receberá células-tronco de sua própria medula óssea. Os outros terão acesso ao tratamento convencional, com os melhores recursos farmacológicos ou cirúrgicos disponíveis. Se for comprovada a efetividade do uso das células-tronco no tratamento de doenças cardíacas, isso pode significar uma redução de cerca R$ 37 milhões por mês nos gastos do Sistema Único de Saúde (SUS). Fonte: Agência Saúde

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