O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva aproveitaram a oportunidade da abertura da 13ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), dia 14, em Brasília, para discursar em favor da prorrogação da CPMF. Temporão disse que o imposto é importante para o projeto macroeconômico, equilíbrio das finanças públicas e para a saúde, e argumentou que a não prorrogação da CPMF pode anular o avanço da regulamentação da Emenda Constitucional 29. Conforme aponta, esse ano o Ministério da Saúde está recebendo 16 bilhões de reais da CPMF, quantia que será aplicada no financiamento de 11 milhões de internações que serão feitas pelo SUS, em 340 mil cirurgias, em mais de dois milhões de partos e exames laboratoriais financiados pelo Sistema Únicos de Saúde. “Se não tivermos a prorrogação, teremos situação de extrema gravidade”, diz. O presidente Lula ressaltou a convicção de que a população pode orientar o governo federal a elaborar políticas públicas de saúde. “O poder de reivindicação de vocês é forte”, disse, complementando que quando há seriedade, as diferenças ideológicas não constituem obstáculo: “O que vale é melhorar a qualidade da saúde do povo brasileiro e o SUS é a melhor oportunidade que a gente tem de consagrar isso”. Para o presidente interino do Senado Federal, Tião Viana, os conselhos populares de saúde são um marco definitivo na história do país. Ele recomendou aos participantes que usem mais o Congresso Brasileiro e cobrem mais do Poder Legislativo: “Podemos estar mais próximos da sociedade e isso vai elevar uma referência de democracia que vai fortalecer a vida institucional do país”. A atuação popular e dos profissionais da área da saúde na conquista do SUS foi destacada pelo presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia. A respeito da 13ª Conferência, ele disse acreditar que esse trabalho intenso vai gerar uma vez uma produção qualificada de propostas. O coordenador geral da 13ª conferência e presidente do Conselho Nacional Saúde, Francisco Batista Júnior, defendeu prioridade à atenção básica e a atuação da equipe multiprofissional de saúde, “independente do nível de escolaridade”. Participaram ainda da abertura o presidente da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) e o ministro da Saúde de São Tomé e Príncipe, Arlindo Vicente de Assunção Carvalho.