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O procurador do Ministério Público de Goiás, Marcelo Celestino, se reuniu nesta terça-feira (08/01) com representantes dos médicos e da diretoria do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), do Sindicato dos Médicos de Goiás, do Conselho Regional de Medicina (Cremego), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e da Secretaria Estadual de Saúde (SES) a fim de encontrar soluções para as denúncias feitas pelos cirurgiões gerais da unidade. Na oportunidade, o médico Salustiano Gabriel apresentou uma seqüência de slides que comprovam a situação caótica dos pacientes do Hugo, imagens que chocaram quem estava na sala. Muitas das cenas apresentadas, segundo o médico, poderiam ser evitadas se o sistema de saúde resolvesse a doença antes que ela se torne uma emergência e realmente necessite do atendimento do Hugo. Além disso, o médico quis chamar a atenção para a importância dessa unidade em todo o estado, pois os casos de urgência e emergência de grande complexidade só conseguem ser resolvidos no Hugo. As denúncias dos médicos são vária. Entre elas, a questão da superlotação do hospital, que, na manhã desta segunda-feira (07/01), estava operando com 172% além da sua capacidade. Eles reclamam também do déficit de equipamentos para realização de exames que poderiam resultar em diagnósticos mais precisos sem que fossem necessários procedimentos agressivos, morosidade nos exames laboratoriais, falta de servidores e, por fim, reivindicam isonomia salarial entre todos os médicos do Hugo. O representante da Secretaria Estadual de Saúde, Pedro Batista, disse que um dos problemas para a liberação de verbas é a burocracia e que a SES não tem dinheiro suficiente para atender todas as reivindicações. Segundo Pedro Batista, a SES quer resolver o problema, mas também tem limites que não consegue suplantar. A declaração do representante da secretaria causaram indignação e decepção entre os representantes dos médicos, que esperavam um encaminhamento mais firme para a resolução da crise no Hugo. Segundo o presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, enquanto as licitações precisam de prazos, os doentes vão continuar a morrer nos corredores do Hugo. Para o presidente do Simego, tal situação não pode ser aceita. Leonardo Reis afirma que o Sindicato vai continuar ao lado dos médicos cobrando soluções imediatas para as reivindicações, que já deviam ter sido cumpridas desde a deflagração do movimento dos médicos ortopedistas do Hugo, há seis meses. A promotora Ivana Farina, que também participou da reunião, lembrou que boa vontade apenas não basta e que esse tipo de promessa fica sempre restrita às reuniões. “É preciso ter eficiência administrativa e o MP vai cobrar do governo que prioridades sejam assinaladas e cumpridas”, afirmou. Para dar uma resposta imediata, o representante da Secretaria Municipal de Ssaúde se comprometeu a regular um pouco mais a porta de saída do Hugo e encaminhar os pacientes que não precisam do atendimento de urgência e emergência para hospitais da rede. Em contrapartida, o representante da Secretaria Estadual de Saúde assumiu o compromisso de aceitar internações de doentes encaminhados pela unidade no Hospital Geral de Goiânia (HGG), fato que ajudaria a reduzir a superlotação, que, por sua vez, diminuiria as taxas de infecção do Hugo, hoje atingindo a 70%, enquanto que o admissível seria apenas 10%. Uma reunião foi agendada para o próximo dia 18, às 9 horas, na sede do Ministério Público. No encontro, a Secretaria Estadual de Saúde deve apontar as soluções para os problemas levantados pelos médicos do Hugo. De acordo com o procurador Marcelo Celestino, caso isso não ocorra será instaurado um inquérito para investigar os motivos da não-liberação das verbas. Fonte: Simego

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