A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) vai investir, até o final do ano, cerca de R$ 8 milhões para obras em áreas indígenas. Serão construídos 68 postos de saúde, 25 pólos-base e cinco Casas de Saúde Indígena (Casai) em 13 estados – Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. Um primeiro lote, no valor de R$ 1,1 milhão, foi liberado em junho e é destinado a obras na Paraíba e em Roraima. Os recursos fazem parte do projeto Vigisus, uma parceria do Ministério da Saúde e o Banco Mundial (Bird). Para as aldeias indígenas localizadas no Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Potiguara, na Paraíba, estão reservados R$ 669 mil, dos quais R$ 534 mil já foram repassados. O montante é destinado à construção de sete postos de saúde do tipo I e à estruturação do pólo-base de Caeira, no município de Marcação. As construções vão atender a 9,7 mil índios de 26 aldeias da região da Baía da Traição e Marcação, no litoral paraibano. Para as comunidades Yanomami de Roraima foram destinados R$ 583 mil. A verba será utilizada na construção de cinco postos de saúde, também do tipo I, nas comunidades de Baixo Mucajaí, Waikás, Alto Catrimani, Uraricoera e Apiaú. Serão beneficiados 380 Yanomami. O posto de saúde do tipo I tem estrutura simplificada e representa a porta de entrada na rede hierarquizada de serviços de saúde. É a infra-estrutura física necessária para o desenvolvimento das atividades do agente indígena de saúde, com supervisão da equipe multidisciplinar de saúde indígena, composta por médico, enfermeiro, odontólogo e auxiliares de enfermagem. Nele, são realizados acompanhamento do desenvolvimento infantil e de gestantes e atendimento aos casos de doenças mais freqüentes, como infecção respiratória aguda, diarréia e malária. Além disso, no local é feito o acompanhamento de pacientes crônicos e de tratamentos de longa duração. São desenvolvidas ainda atividades de primeiros socorros, promoção da saúde e prevenção de doenças de maior prevalência, acompanhamento de imunização, ações de educação sanitária e atividades de apoio à equipe multidisciplinar. Já os pólos-base são estabelecimentos de um conjunto de aldeias, que representam referência para o auxiliar de enfermagem lotado no posto de saúde. Cada um deles contará com lotação permanente de equipe multidisciplinar de saúde indígena. A principal missão do pólo-base é promover a saúde nas aldeias por meio de assistência aos casos não solucionados nos postos de saúde. Além da assistência, a unidade é responsável pela capacitação e supervisão da atuação dos agentes indígenas de saúde. As Casais, por sua vez, são unidades de apoio aos indígenas deslocados para receberem assistência médica mais especializada na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Estão localizadas nas capitais e nas regiões metropolitanas. Fonte: Agência Saúde
Funasa investe R$ 8 milhões em áreas indígenas
22/07/2005 | 03:00