Matérias pagas em revistas de estética, propaganda de procedimentos sem fundamento científico, sensacionalismo, autopromoção e outras práticas antiéticas na publicidade médica foram alguns dos assuntos discutidos no debate realizado pela manhã desta quarta-feira (19), no I Fórum Nacional das Comissões de Divulgação de Assuntos Médicos (Codames). O evento é promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), na sede da entidade. O professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Rodrigo d’Eça Neves, falou sobre a publicação de artigos escritos por médicos em revistas de estética, mediante pagamento. Segundo ele, o profissional é convidado a escrever artigo sobre algum tema escolhido pela revista, com a publicação da foto do médico e o endereço da clínica onde ele atua. Sobre os processos ético-profissionais, o conselheiro Antônio Gonçalves Pinheiro apontou os artigos do Código de Ética Médica que mais são infringidos na publicidade médica. Segundo ele, os artigos 9, 104, 132, 135 e 142 são os mais violados. Ele defendeu maior agilidade nos processos. “A demora nos processos é muito grave. Devemos dar uma resposta mais rápida à sociedade”, concluiu.