A farmacêutica do laboratório Enila, responsável pela produção do Celobar, Márcia Andrea de Souza Almeida Fernandes; confirmou em depoimento à CPI da Pirataria, que houve problema no controle de qualidade no processo de produção dos medicamentos da empresa. Ela afirmou, no entanto, que desconhece os testes que foram feitos para identificar a contaminação do Celobar por carbonato de bário. A farmacêutica acredita que a contaminação foi microbiana. Ela lembrou que o próprio laudo de quarentena que impediu a venda dos medicamentos apontava contaminação microbiana. Márcia Souza ainda disse que quem descumpriu a quarentena da venda do medicamento foi o químico Antônio Carlos Fonseca. Mesmo com o laudo, assinado pela microbiologista da empresa, o químico autorizou a venda. Ela explicou que a responsabilidade pelo controle da qualidade dos medicamentos não era dela e admitiu que alguns eram liberados sem o seu conhecimento. O relator da comissão, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), acredita que ficou claro para os integrantes da comissão que a farmacêutica do laboratório, na verdade apenas assinava os documentos, pois não conseguiu impedir a suspensão da venda do lote contaminado. O presidente da Comissão, deputado Medeiros (PL-SP), afirmou que o depoimento dos representantes da empresa não foi convincente, ficou comprovado que há fatos inexplicados e há clara intenção de se esconder alguma coisa. FONTE: AGÊNCIA CÂMARA
Farmacêutica admite problema de qualidade no Celobar
30/07/2003 | 03:00