Impacto: imprensa avaliou o efeito do baixo financiamento da saúde
O levantamento sobre o gasto per capita em saúde divulgado em setembro pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com a ONG Contas Abertas, foi apontado por jornalistas e gestores públicos como importante termômetro da precariedade que afeta o Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o estudo, divulgado na edição 307 do jornal Medicina, em 2019 os governos federal, estaduais e municipais aplicaram R$ 3,83 ao dia na saúde de cada brasileiro. O trabalho ganhou destaque na imprensa brasileira, com ampla repercussão nos estados.
Nas reportagens, o CFM aponta a responsabilidade dos gestores e o dever atribuído a eles de encontrar soluções para as dificuldades relatadas. Entre os veículos que repercutiram as análises sobre o financiamento do SUS estão os jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, Correio Braziliense e outros de circulação regional. Os principais veículos on-line também abordaram o tema, como a Agência Brasil e os portais G1, Terra e UOL.
As rádios BandNews FM e CBN também abriram espaço na programação para debater o assunto. O editorial do jornal O Tempo, de Minas Gerais, chegou a ressaltar que os números do CFM servem de alerta para os gestores que serão eleitos em novembro de 2020 de que o desafio da saúde vai muito além da pandemia atual.
Hideraldo Cabeça, 1º secretário e diretor de comunicação do CFM, acredita que, por meio das notícias veiculadas, os médicos conseguiram expor à sociedade as dificuldades enfrentadas pelos profissionais na saúde pública e o descaso dos governos com o interesse da população. “Existe sub financiamento em todas as esferas. Esse valor deveria ser muito maior para conseguir amenizar o sofrimento da população. Além disso, a gestão é fundamental para que ocorra realmente a assistência adequada”, disse.