Um estudo elaborado pela Comissão do Departamento de Convênio da Sociedade Médica de Uberlândia e da Unimed Uberlândia chegou a uma proposta de implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) que dilui o impacto financeiro para a Unimed local, sem prejudicar a saúde financeira da cooperativa, o que pode se estender a qualquer operadora de plano de saúde. “Após conhecer a forma que os elaboradores da CBHPM encontraram para estabelecer o equilíbrio entre os procedimentos médicos, reconheço que os valores estabelecidos nesse instrumento são incontestáveis, devendo a Classificação ser implantada em todo o País, sem qualquer tipo de alteração”, afirma o presidente do Departamento de Imagem da Sociedade Médica de Uberlândia (MG) e da Associação dos Imaginologistas, Rasmo Cardoso Sobrinho, autor do trabalho. Para evitar o impacto na implantação da CBHPM, o trabalho recomenda a divisão dos procedimentos por classes, aplicando um redutor nos percentuais de aumento para cada grupo de procedimentos em três parcelas, de tal forma que, ao término da última parcela, a CBHPM será implantada integralmente. O primeiro redutor será aplicado na implantação e os demais em períodos acordados entre os médicos e a operadora. “A aplicação de um percentual redutor fracionado em cada grupo diluirá o impacto da implantação da Classificação”, garante Cardoso. “Os procedimentos que tiveram aumentos maiores nos últimos anos receberão a integralidade do reajuste somente na parcela final, enquanto os que tiveram aumentos inferiores passarão aos valores integrais da CBHPM já na implantação”, explica. O estudo demonstra também que não haverá equilíbrio no setor se for aplicado qualquer redutor no valor do porte para o segmento de Serviços Auxiliares de Diagnóstico e Tratamento (SADT). Entretanto, haverá valorização do Ato Médico em todo o setor com a aplicação de qualquer valor adicional ao porte. Segundo o estudo, a dificuldade na implantação da CBHPM no grupo dos SADT decorre da proposta de um aumento único e linear para todos os segmentos de SADT na fase de implantação. Por outro lado, de acordo com Cardoso, percentuais distintos de aumento para cada segmento, estabelecidos em determinados intervalos, irão proporcionar as condições necessárias para a implantação da CBHPM, “reparando o desequilíbrio provocado pela falta de política para o setor desde 1999, afora, a desmistificação de que o segmento de SADT está recebendo um aumento desproporcional aos demais”. O estudo completo está disponível no site da Comissão Regional de Honorários Médicos do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba: www.cbhpm.com.br. Fonte: AMB 19/07/2004
Estudo de Uberlândia viabiliza implantação da CBHPM
20/07/2004 | 03:00