Estudantes de Medicina conhecem panorama do mercado de trabalho em MT Um campo de trabalho ainda aberto, salário médio acima do registrado em nível nacional, mas que apresenta dificuldades para a inserção e fixação do médico no interior , é como se pode resumir o quadro do mercado de trabalho nessa área, hoje, no Estado. O panorama do que espera os novos profissionais, foi apresentado hoje aos calouros do curso de Medicina da UFMT pelo presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Serafim Lanzieri, pela secretária estadual de Saúde, Luzia Leão, também professores da UFMT, e pelo presidente da Unimed, Alencar Farina, ex-aluno da Faculdade de Ciências Médicas. A mesa-redonda, organizada pela Coordenação de Curso, teve como intermediador o também ex-aluno Lúdio Cabral, do Sindicato dos Médicos (Sindimed). De acordo com levantamento do CRM, existem, atuando em Mato Grosso, 2.651 médicos, dos quais 1.369 em Cuiabá e Várzea Grande (51%). Mais 627 estão em nove outros pólos, o que significa 75% desses profissionais em 11 municípios e apenas 25% nos demais 128. Do total, somente 1.270 registraram especialidades, estando a grande maioria na Grande Cuiabá. Segundo Serafim Lanzieri, o perfil do mercado vem sofrendo mudanças significativas. De autônomo e assalariado, o médico perdeu a primeira condição, com a incorporação, à Medicina, do alto custo da tecnologia. Apareceram então o os seguros de saúde e os assalariados passaram a enfrentar a diversidade de tipos de contratos – provisórios, celetistas, prestação de serviços; surgiram ainda as cooperativas de trabalho e de especialidades e as sociedades individuais e coletivas. Esses novos formatos trazem mudanças éticas e de qualidade nas diversas relações enfrentadas pelo médico. Os conflitos registrados no CRM vão do médico com a sua cooperativa, com as operadoras de saúde e com pacientes passando pelas dificuldades em relação aos consórcios municipais, prefeituras e com o próprio Conselho, que confere legalidade á profissão. São exatamente os problemas com prefeituras e consórcios, as condições de trabalho e a influência política do médico no município os principais fatores da sua não fixação no interior. Isso explica também, diz Lanzieri, porque os médicos estrangeiros buscam atuar em Mato Grosso sem a revalidação do diploma, como exige a legislação. A dificuldade de inserção dos médicos no interior é também apontada pela secretária, Luzia Leão. O Programa de Saúde da Família (PSF) tem 344 médicos em Mato Grosso, mas a capacidade é para 580. “Estamos preocupados em apoiar os municípios para que tenham condições de se estruturar e mudar, por exemplo, as formas de contrato, realizar concurso público”, diz. O problema, informa, é que, com a grande rotatividade registrada – 30% dos médicos ficam de 7 a 12 meses no município -, as equipes do PSF tornam-se desabilitadas quando esse profissional sai. Para a secretária, é preciso construir condições dignas de trabalho e salário para que o médico saiba que não está sozinho e se fixe, dedicando tempo integral ao PSM. Esse programa, frisa, é uma forma de inserção nova para o médico. Trata-se de uma proposição também nova do SUS, que vem ´´mudar, na base, todo o sistema de atendimento ao cidadão. A partir daí, muda a forma como se organiza essa estrutura e a formação do profissional de saúde´´. Para ela, o PSF significa o resgate da relação de compromisso e co-responsabilidade entre profissionais de saúde e usuário. O grande diferenciador, diz, é que equipes multiprofissionais ´´cuidam´´ das pessoas ao longo de suas vidas, na área da saúde da família, na perspectiva da prevenção. O presidente da Unimed, Alencar Farina, fez um histórico do surgimento das cooperativas como ´´uma alternativa ao sistema trabalhista tradicional surgido com a revolução industrial´´. Ele aponta o cooperativismo como forma de enfrentar as dificuldades surgidas com o aumento das desigualdades sociais e as necessidades de novos postos de trabalho. Farina cita que hoje existem cinco milhões de cooperados no Brasil, responsáveis por 6% do PIB nacional. Somente as Unimeds possuem 11 milhões de usuários. (ASCOM/UFMT)

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