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A Universidade de Pernambuco (UPE) vai realizar, até junho, concurso público para a contratação de 930 profissionais que vão atuar no Pronto-socorro Cardiológico de Pernambuco Professor Luiz Tavares (Procape). São 459 vagas destinadas a médicos, enfermeiros e outras funções de nível superior e 471 para profissionais de nível médio. A intenção da UPE é colocar o Procape em funcionamento em julho. O sinal verde para a realização do concurso foi dado pelo governador Jarbas Vasconcelos, em reunião com representantes de entidades médicas anteontem à tarde, no Palácio do Campo das Princesas, da qual participaram os secretários de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (secretaria a qual a UPE é vinculada), Cláudio Marinho, e de Administração e Reforma do Estado, Maurício Romão. O reitor Emanuel Dias disse que o Procape, considerado a segunda maior emergência cardiológica do País e a maior do Norte/Nordeste, vai entrar em funcionamento gradativamente. “Assim que realizarmos o concurso, as obras estarão finalizadas. As contratações serão feitas à medida que os setores começarem a funcionar”, explicou. Inicialmente, serão convocados 670 profissionais. Em uma etapa posterior, os demais 260 serão chamados. Dias disse ainda que, quando todos os funcionários estiverem trabalhando normalmente, o gasto com a folha de pagamento vai ultrapassar os R$ 21 milhões anuais. “Vamos pagar R$ 1,759 milhão por mês aos 930 funcionários”, prossegue. Uma das maiores preocupações da comunidade universitária, do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e do Conselho Regional de Medicina (Cremepe), com relação ao modelo de gestão do Procape, foi descartada por Jarbas Vasconcelos. “O governador nos garantiu que o hospital será gerido pela UPE. Além disso, não haverá mais leitos privatizados, que era um dos nossos temores”, comemorou o presidente do Cremepe, Ricardo Paiva. A Secretaria de Administração e Reforma do Estado não informou quando o edital com as regras do concurso será publicado. Segundo a assessoria do secretário Maurício Romão, serão feitos estudos sobre o modelo de gestão do Procape, mas que a publicação coincidirá com os prazos previstos pelo reitor Emanuel Dias. Prédio do Procape está sendo construído há quatro anos O vice-reitor da UPE, Armando Carneiro, informou que a conclusão das obras do Procape, iniciadas em 2000, está prevista para o início de julho. A idéia é finalizar os trabalhos o quanto antes e deixar o hospital pronto para funcionar. Responsável pelo acompanhamento das obras, Carneiro disse que a estrutura do prédio de sete pavimentos está pronta. “Estamos finalizando os serviços de revestimento do piso, colocação de divisórias e de urbanização”, explicou o vice-reitor, que é engenheiro civil. De acordo com Armando Carneiro, daqui para o fim de junho estarão prontas as instalações de ar-condicionado, de uma subestação e da infra-estrutura para o funcionamento de computadores e equipamentos de última geração. Um auditório para a realização de seminários e conferências ainda será construído no primeiro andar. “Toda a parte de equipamentos e mobiliário já foi adquirida”, ressaltou Armando Carneiro. POLÊMICA – O Procape começou a ser construído há quatro anos. De lá para cá, o hospital passou por várias polêmicas. Foram colocadas em xeque o modelo de funcionamento e a privatização de 25% dos leitos, além da própria contratação dos profissionais. O Estado sugeriu que a unidade fosse transformada em Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Cremepe, Simepe e os alunos da UPE rechaçaram a proposta, que foi abandonada. “O Procape vem suprir uma lacuna no Estado. Há apenas dois serviços de referência na área de cardiologia. No Oswaldo Cruz, a demanda está saturada. No Agamenon Magalhães, subdimensionada. As doenças cardiovasculares são a principal causa de óbitos no Brasil”, observa o presidente do Simepe, André Longo. Da Assessoria de Imprensa do Cremepe. Com Informações do Jornal do Commercio.

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