Pontos de vista diferentes orientaram as discussões sobre exame para recém-formados na tarde desta quinta-feira (21) no II Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina. Moderados pelo 2° secretário do CFM, Gerson Zafalon Martins, o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Henrique Carlos Gonçalves e o superintendente de Ensino e Pesquisa do Instituto de Medicina Integral (IMIP), Fernando Menezes apresentaram seus argumentos favoráveis e contrários, respectivamente. Favorável Henrique Carlos Gonçalves comentou que já na década de 90 começavam a aparecer os resultados da explosão da abertura de escolas de medicina, em termos de uma formação médica insuficiente. Em 2004, conselheiros do Cremesp ligados ao ensino médico começaram a se mobilizar. Foi feito amplo estudo do internato de medicina do estado de São Paulo, empreendido por uma comissão formada por conselheiros e professores de medicina (Comissão de Pesquisa e Ensino Médico) junto com o Departamento de Fiscalização. Mais de 50% desses locais não tinha sequer condições adequadas de assistência. Com isso, se discutiu no Cremesp uma prova de avaliação dos egressos das faculdades de medicina. Desde então, já foram cinco avaliações no estado. Fora de SP, houve uma experiência no estado do Espírito Santo, sendo realizadas duas provas nos moldes paulistas. Gonçalves destacou ainda que o Brasil possui atualmente cerca de 180 escolas médicas, superado apenas pela Índia, com 222. De acordo com o presidente do Cremesp, o país pode chegar a 20 mil médicos formados por ano. “O que se vê na abertura de escolas de medicina é uma movimentação da ordem de 2,4 bilhões (apenas em matrículas, rematrículas e anuidades), um envolvimento econômico-financeiro extremamente significativo que demonstra a dificuldade dos gestores em se promover a moratória na abertura de escolas ou se criar exigências de modo que somente escolas de altíssima qualidade sejam abertas, bem como de intervir nesse sistema que se propõe a formar quase 20 mil médicos por ano”, diz Henrique. Ainda de acordo com o especialista favorável à aplicação da prova, o desempenho dos egressos foi surpreendentemente negativo, no sentido de desvelar a situação crítica do ensino médico no país. “Achávamos que a situação estava ruim, mas os números mostram que a situação está péssima. Em 2008, tivemos 679 participantes na primeira fase, com índice de aprovação de 38,60%”, comenta. Contrário Para Fernando Menezes, do IMIP, que apresentou um ponto de vista contrário à aplicação de prova em egressos, “a ABEM [Associação Brasileira de Educação Médica] tem posição clara desde 2005. É contra qualquer exame realizado após o final do curso. Somos favoráveis à avaliação externa, mas não após a graduação”, defende. Para Menezes, a avaliação deve ser feita em vários momentos do curso médico, com variados instrumentos de avaliação que possam medir a aquisição de conhecimentos. “Deve ser formativa, e não punitiva”, explica. Ainda de acordo com o representante do IMIP, exames de egressos limitam os modelos de ensino e separam a avaliação do currículo. “Esses exames são contrários às evidências de necessidade de múltiplos formatos de avaliação e são contrários ao princípio de processo educacional que atende as necessidades do aprendiz. Desvirtuam processo de educação”. Veja fotos do segundo dia de atividades do II ENCM 2009 aqui.

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