O significado dos medicamentos nos dias atuais foi alvo de debates entre os especialistas que se encontram em Brasília para o Seminário Internacional de Propaganda de Medicamentos. A conclusão é que boa parte dos medicamentos está sendo consumida como “pílulas de saúde” e não como substâncias feitas para corrigir problemas. Para o representante do Ministério da Saúde, Norberto Reich, a propaganda de medicamentos vende os seus produtos como soluções rápidas para problemas que ainda estão por vir. Um exemplo é o fato de que o Brasil é um dos maiores consumidores de polivitamínicos do mundo e em nenhum momento a publicidade diz que a boa alimentação e a atividade física são até mais importantes que a ingestão de vitaminas industrializadas. O representante da organização não-governamental australiana Healthy Skepticism, Peter Mansfield, apresentou o trabalho feito com médicos do seu país para não torná-los vulneráveis às estratégias de marketing. Peter afirma que a maior parte dos médicos se considera fora do alcance do marketing das empresas. Ele manifesta, entretanto, preocupação. “Qualquer um, mesmo muito inteligente, pode cometer erros se for abastecido com informações erradas”, disse Peter se referindo ao material que os profissionais de saúde recebem diariamente das indústrias. A venda de medicamentos pela internet também preocupa os especialistas da área. De acordo com a diretora de farmácia da Universidade de São Paulo (USP), Terezinha de Jesus Andreoli, é muito clara a mudança de foco da propaganda, que passou a tratar os medicamentos como mercadorias de promoção do bem-estar. Segundo Terezinha, essa imagem está sendo reforçada pelos sites que oferecem medicamentos sem nenhum tipo de burocracia. A representante do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Patrícia Galdino, lembra que o Código de Defesa do Consumidor já protege a população da publicidade de produtos que possam trazer qualquer perigo à saúde. No Brasil os medicamentos são o principal motivo de intoxicações. Um dos motivos é a crença das pessoas de que este tipo de produto não faz mal. O representante do Ministério Público do Distrito Federal, Diaulas Ribeiro, defende um trabalho centrado na contrapublicidade, educação e cultura. Para o promotor, a liberdade da internet torna o trabalho de fiscalização e fechamento de sites uma tarefa muito difícil. Ele considera a mudança de comportamento do público uma alternativa melhor. O Seminário Internacional de Propaganda de Medicamentos, que está sendo realizado no Carlton Hotel, termina nesta quinta-feira. Fonte: Assessoria de Imprensa da Anvisa

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