A região Norte apresenta as maiores incidências de hanseníase do Brasil, onde a prevalência da doença é de 5,16 casos por 10 mil habitantes. Estados como Pará, Roraima e Rondônia ultrapassam essa média, com 6,7; 6,64; 5,15 e 5,18; respectivamente. Para mudar esse quadro, representantes das secretarias estaduais de Saúde da região estão em Brasília discutindo as estratégias de controle da doença com técnicos do Ministério da Saúde. A reunião, que começou hoje, continua amanhã (15/4), no Hotel Saint Paul (Setor Hoteleiro Sul, quadra 2, bloco H). A prevalência nacional, que é de 1,71 casos por 10 mil, coloca o país próximo da eliminação da doença, o que ocorre quando a prevalência é inferior a um caso por cada grupo de 10 mil habitantes. Cinco estados brasileiros já alcançaram este índice: Rio Grande do Sul (0,13), Santa Catarina (0,27), São Paulo (0,44), Rio de Janeiro (0,97) e Minas Gerais (0,89). Tratamento A hanseníase é causada por um micróbio, o Mycobacterium leprae (Bacilo de Hansen), que ataca a pele e os nervos, principalmente dos braços e das pernas. A doença tem cura e, se descoberta precocemente e tratada de maneira adequada, não deixará seqüelas. Qualquer mancha clara e com perda de sensibilidade na pele deve ser considerada suspeita de hanseníase e o portador deverá ser encaminhado imediatamente para uma unidade de saúde pública. O programa adota como principal estratégia a integração das ações de diagnóstico e tratamento da doença na atenção básica. Isso significa que as equipes do Programa Saúde da Família (PSF), agentes comunitários de saúde (ACS) e todas as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) passam a integrar a rede de atendimento ao paciente, facilitando o acesso universal ao diagnóstico e tratamento. Este ano, o investimento será de R$ 13,2 milhões. Também integra a estratégia do programa, a organização das redes de alta e média complexidades, para atenção aos pacientes portadores de incapacidades ou deformidades físicas decorrentes da doença. Isso viabiliza o acesso dos pacientes a procedimentos de reabilitação, como cirurgias reparadoras, órteses e próteses. Fonte: Agência Saúde
Especialistas buscam controle da hanseníase
14/04/2005 | 03:00