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Uma pesquisa com células-tronco poderá ser a base para o desenvolvimento de novos medicamentos que poderão ser usados no tratamento do glioma, um tipo agressivo de câncer no cérebro. Diferentemente da leucemia, os tratamentos tradicionais do câncer, como a cirurgia, têm se apresentado ineficazes no caso desse tumor, devido à sua alta capacidade de proliferação e evolução – os tecidos tumorosos rapidamente migram pelo cérebro. O estudo, realizado pela equipe de Hervé Chneiweiss, do College de France, propõe uma nova estratégia. Ao observar, em cultura in vitro, o processo de proliferação do tumor, o cientista francês percebeu que as células se diferenciavam. “Dentro do tumor, nós observamos quatro tipos de células tumorosas, que geram células-tronco. Acompanhando o processo da proliferação à diferenciação, concluímos que essas células-tronco tumorosas são as mais difíceis de tratar”, contou durante apresentação no Congresso em Células-Tronco e Terapia Celular, na última sexta-feira (3/12), no Rio de Janeiro. A estratégia proposta por Chneiweiss – uma vez que a cirurgia não funciona com o glioma – passa pelo desenvolvimento de novas drogas que “matem” essas células-tronco cancerosas, evitando que elas se proliferem, pois quando se diferenciam acabam formando novos tumores. Terapia celular em doenças do coração A terapia celular apresentou resultados positivos no implante em portadores do mal de Chagas, doença que atinge 6 milhões de pessoas no país. A experiência, que teve como um dos coordenadores Antônio Carlos Campos de Carvalho, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi realizada com 25 pacientes que se submeteram a uma cirurgia de implante de células da medula para o coração. Os médicos retiraram 20 mililitros da medula de cada voluntário, purificaram e injetaram 240 milhões de células-tronco em três artérias. “Três semanas depois da injeção, observamos que as células da medula estavam presentes no coração dos pacientes, em estados diferenciados. Nosso objetivo foi ver quanto essas células são capazes de remodelar o coração”, afirmou Campos de Carvalho durante o congresso no Rio de Janeiro. Na sexta-feira, último dia do congresso, Radovan Borojevic, do Departamento de Histologia e Embriologia da UFRJ, adiantou que iniciará um estudo multicêntrico com transplante de células-tronco em 300 pacientes que sofreram infarto agudo. Radovan também apresentou resultados de uma pesquisa em terapia celular em pacientes com doenças crônicas do coração. Dos 20 voluntários, cinco estavam na fila de transplante do órgão. Depois da terapia com células-tronco, eles apresentaram revascularização, diminuição da fibrose e geração de cardiomiócitos. Para a pesquisa, foram aprovados R$ 3,1 milhões pelo Ministério da Saúde. No encerramento do congresso, Mayana Zatz, do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (USP), falou sobre células-tronco e distrofia muscular, enquanto Elizabeth Dupin, do Centro Nacional de Pesquisa Científica, da França, enfocou o uso das células-tronco na crista neural. O Congresso de Células-Tronco e Terapia Celular, realizado dentro da Cátedra Unesco/UFRJ de Biologia do Desenvolvimento, no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi organizado pelos departamentos de Anatomia e Histologia e Embriologia da UFRJ, com apoio do CNPq, Capes, Academia Brasileira de Ciências, Fundação José Bonifácio, Faperj, Ministère des Affaires Étrangéres e Institut-de-France. Fonte: FENAM – Com informações da Agência FAPESP

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