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A Medicina, bem como outras profissões, se caracteriza de modo marcante pelo seu trato humano. Os profissionais médicos lidam diariamente com pessoas que vêm acompanhadas por seus problemas de saúde, necessitando de um olhar cuidadoso e solidário.

Ter sensibilidade no trato com as pessoas que precisam de ajuda médica é um dos requisitos desta milenar profissão. O exercício da medicina requer, antes de tudo, paciência e compromisso com o bem-estar de pacientes e de pessoas em situação de risco.

Os profissionais que atuam diariamente em nos hospitais, clínicas e postos de saúde encaram muitos casos que envolvem riscos, vulnerabilidade e situações críticas de pessoas que procuram por ajuda médica. Dentre esses casos, podemos citar aqui os que são contados pela médica Solange Veloso, uma alagoana de Maceió, pediatra e generalista que trabalha no Programa de Saúde da Família (PSF). Ela, como a maioria de seus colegas profissionais, tem enfrentado, em seu dia-a-dia, as dificuldades no exercício da profissão.

Solange Veloso sempre teve muita preocupação em aliar conhecimento e técnica com o lado humano. “Durante o exercício da Medicina, eu sempre estive articulando os três itens juntos, pois isso é muito importante. Nas experiências que eu destaco, que me ocorreram, isso foi muito evidente”, e narra abaixo a médica:

“Recentemente, estava de plantão e um paciente se expôs acidentalmente a um material pérfuro-cortante. Ele era da área da Saúde e estava apavorado durante a madrugada pelo ocorrido. Nisso, pedi um teste rápido, que faz parte da rotina, pois ele também havia se envolvido com sangue de outro paciente, que chamamos de paciente fonte. Ele estava tão desesperado que não tive coragem de ir repousar e deixá-lo sozinho aguardando o resultado. Fiquei com ele e começamos a cantar até sair o resultado para distrair. Então, o resultado saiu negativo, graças a Deus, e ficou tudo em paz”.

Já com crianças, porque sua especialidade é pediátrica, ela conta que trabalhava numa clínica pelo SUS e era uma clínica muito carente. “Como as pessoas que a procuravam também eram carentes, as condições de trabalho e transporte eram poucas. Quando havia criança que precisava de transporte com suspeita de meningite e não havia ambulância, ou a família não tinha dinheiro para levar de taxi ao hospital, muito menos ia sair com a criança de ônibus, eu pedia ao meu marido para ser taxista ao levar dentro do meu carro. Ele morria de medo porque as crianças vomitavam tendo meningite, ou suspeita da doença. Mas ele levava como meu taxista, ajudando as pacientes”.

Em outro caso, ela conta: “num plantão meu, chegaram gêmeos desnutridos e não havia leite especial para essas crianças. Como na época não tinha preocupação de contaminação pela amamentação, eu estava amamentando e ordenhei meu leite em mamadeira. Eu ficava dando meu leite às crianças em colheradas, o que auxiliou muito na recuperação delas.

Esses casos mostram como os profissionais da área médica têm contornado as dificuldades e os descasos com a saúde da população mais carente. Muitas vezes, o improviso é a chave de abertura para um tratamento e um cuidado menos dolorosos com o sofrimento dos que buscam, nos estabelecimentos médicos, um auxílio para aliviar as dores dos males que afligem a humanidade.

 

Fonte: CREMAL / Artecetera

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