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Um desabafo de um médico no Espírito Santo nas redes sociais suscitou muita discussão sobre as condições de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). O neurocirurgião Paulo Roberto Paiva, no seu perfil do Facebook, declarou: “A saúde está um caos. O Hospital São Lucas estava insuportável. A sala de emergência, lotada, e o Samu trazendo mais pacientes graves a cada minuto. É o verdadeiro rascunho do inferno”, desabafou.
 
Relatórios do Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES) daquele ano – 2012 – mostram nesta unidade uma inusitada situação: cirurgiões mantendo dentro do centro cirúrgico raquetes mata-mosquitos para conseguir realizar os procedimentos emergenciais e também eletivos.
 
Pela manhã, médicos e enfermeiros chegam a fazer mutirões para eliminarem o máximo possível de mosquitos. Aparelhos repelentes e raquetes mata-mosquitos são constantemente usados no local. Paiva conta que a situação não mudou nada ou quase nada e que a sua indignação continua. Ele tem mais de 20 anos de atuação nessa unidade hospitalar e, na ocasião das denúncias, recebeu inúmeros apoios nas redes sociais.
 
O mesmo hospital coleciona outros casos nos quais médicos fazem de tudo para garantir o melhor atendimento aos seus pacientes. Um deles aconteceu em setembro de 2012, quando a equipe de cirurgia torácica precisou usar um tubo simples de intubação orotraqueal para realizar um procedimento complexo e emergencial. O equipamento foi introduzido ao máximo possível, no brônquio fonte esquerdo de um paciente, provocando, assim, o efeito de seletividade pulmonar. A urgência do caso exigiu essa hábil manobra por parte do anestesiologista e assim a cirurgia foi realizada sem maiores intercorrências.
 
O Hospital Estadual São Lucas, localizado na cidade de Vitória, é de referência para politraumatizados e o mais tumultuado do Espírito Santo. Segundo relatórios do CRM-ES, este hospital é o verdadeiro caos, com filas de pacientes “internados” nos corredores, banheiros com chuveiros frios, macas em péssimo estado de conservação etc. Um outro hospital, popularmente chamado de Novo São Lucas, chegou a ser inaugurado, mas continua de portas fechadas, sem Pronto-Socorro. Casos emergenciais continuam sendo levados ao “velho” São Lucas.
 
No dia 19 de dezembro do ano passado, o CRM-ES chegou a fazer uma interdição parcial no local, fechando o pronto-socorro para novos atendimentos. Mas uma liminar do Plantão da Justiça Federal de Vitória, datado desse mesmo dia, suspendeu o Auto de Interdição Parcial do CRM-ES. Desde então, as condições de atendimento no local permanecem semelhantes, com acúmulo de pacientes, mosquitos etc.
 
 
Fonte: CRM-ES
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