Especialistas da Comissão de Parto Normal do Conselho Federal de Medicina (CFM) debateram, nesta quarta-feira (4), ações para melhoria da assistência obstétrica e para o incentivo ao parto normal na saúde suplementar. O encontro aconteceu na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) e contou com a presença de representantes de diversas entidades que apóiam a iniciativa. O CFM foi representado pelos conselheiros José Fernando Maia Vinagre, Clóvis Francisco Constantino, Edilma Albuquerque Barbosa e Pedro Paulo Magalhães Chacel. Para evitar as cesarianas desnecessárias, uma das propostas defendidas pela Comissão é adotar uma estratégia de reorganização do modelo de atenção ao parto e nascimento. Entre as alternativas para atingir esse objetivo está o estabelecimento de modelos alternativos de organização e remuneração do trabalho médico que favoreçam a realização de partos normais e a sensibilização das operadoras de planos e serviços privados de atenção obstétrica e neonatal. Outros pontos estão previstos no “Projeto de intervenção para melhorar a assistência obstétrica no setor suplementar de saúde e para o incentivo ao parto normal”, aprovado pelo CFM em 18 de junho. O coordenador da Comissão, José Fernando Maia Vinagre, comentou as visitas a maternidades de Brasília e hospitais de Belo Horizonte. Os relatos abriram espaço para um debate sobre o funcionamento dos estabelecimentos de saúde onde são realizados partos nessas duas cidades e no Rio de Janeiro. O conselheiro Clóvis Constantino propôs a realização de pesquisa junto aos médicos, por meio das sociedades de Ginecologia e Obstetrícia dos estados, para ampliar a discussão sobre o assunto. “É fundamental que os obstetras sejam ouvidos, porque, para implementarmos um projeto deste porte, precisamos de muitos dados”, afirmou. Dentre as sugestões apresentadas pela conselheira Edilma de Albuquerque Barbosa estão: uma campanha de mobilização nacional, o aperfeiçoamento do modelo vigente, a realização de debate, o fortalecimento do parto humanizado e a revisão da remuneração. A vice-presidente do Cremerj, Vera Lúcia Mota da Fonseca, se comprometeu a encaminhar o projeto para as instituições ligadas à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e ficará responsável também pela elaboração de um questionário que será enviado aos médicos obstetras. A discussão nasceu e está sendo motivada pela preocupante proporção de cesarianas no setor suplementar – em torno de 85% (dentre os partos realizados no setor), muito superior aos resultados encontrados em países como Holanda (14%), EUA (31%), México (34%) e Chile (40%), por exemplo. No Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, a proporção de cesáreas é de 26%, enquanto o resultado nacional, que considera os partos realizados nos setores público e privado, é de 43%.

Flickr Youtube Twitter LinkedIn Instagram Facebook
Играйте в Вавада казино - каждая ставка приносит выигрыш и приближает к большим деньгам. Заходите на официальный сайт Вавада казино и вперед к победам!
namoro no brasil
Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.