O diretor de Saúde Pública da Associação Médica Brasileira, Samir Dahas Bittar, apresentou a proposta de contrato de prestação de serviços elaborada pelas entidades médicas nacionais e pela direção nacional da Unidas durante a 37ª reunião da Câmara de Saúde Suplementar, em Brasília, nesta terça-feira (1º de março). “Demonstramos que é possível o entendimento entre médicos e empresas sobre os contratos, desde que haja boa vontade”, conta Bittar. A Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg) e a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), cujos representantes também participaram da reunião, foram convidadas oficialmente a desenvolver trabalho semelhante com as entidades médicas. Segundo Samir Bittar, os empresários se comprometeram a avaliar a proposta. Diante do término do prazo para a assinatura dos contratos, previsto para 17 de março, e do índice insignificante de contratos assinados até o momento, a diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deve decidir nesta quarta-feira (2 de março) pela prorrogação da data. Em setembro, quando vencia o primeiro prazo previsto pela Resolução Normativa 71, a Agência determinou a prorrogação por 180 dias. Desde dezembro, as entidades médicas nacionais solicitam um novo prazo, além da intermediação da ANS na discussão dos contratos com as seguradoras e operadoras de planos de saúde. Troca de informações Outro assunto de destaque da reunião foi o programa Troca de Informações na Saúde Suplementar (TISS), que está em consulta pública no site na ANS (www.ans.gov.br) até 15 de março. O objetivo é fixar o padrão essencial obrigatório das informações trocadas entre operadoras e prestadores de serviço sobre o atendimento aos beneficiários dos planos de saúde. Segundo o diretor de Saúde Pública da AMB, o programa atende a uma antiga reivindicação dos médicos que é a padronização de todos os formulários do setor. “Atualmente os profissionais perdem tempo e eficácia preenchendo uma quantidade imensa de papéis”, afirma Bittar. “O médico deve se dedicar ao atendimento dos pacientes, e não à burocracia”, completa. Para o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, José Leôncio de Andrade Feitosa, “hoje as operadoras usam grande variedade de formulários para obter informações das mais diversas e, além disso, administram demorados mecanismos de troca de informações com seus prestadores de serviço”. Além disso, com a implantação do TISS, a Agência espera “uma substantiva redução de custos”. Fonte: AMB
Entidades convidam Fenaseg e Abramge a discutir contratos
02/03/2005 | 03:00