A empresa mineira Olho Universal, que estava utilizando a sala de um hotel da Capital para fazer implante de próteses oculares, foi autuada pela Polícia Civil na manhã de ontem, em Palmas. Conforme o Conselho Regional de Medicina do Tocantins (CRM-TO), os implantes eram realizados apenas por um estudante de técnica em ótica e pelo seu pai Cláudio Osmar da Silva. Os dois faziam os implantes em Palmas sem a presença de um médico, fato que segundo o CRM é considerado ilegal. Os empregados e o material utilizado no crime foram encaminhados ao 1° Departamento de Polícia Civil da Capital. De acordo com o vice-presidente do CRM, Jorge Pereira Guardiolla, o conselho recebeu na última quinta-feira, uma denúncia anônima informando que os implantes estavam sendo feitos sem orientação médica. Gaurdiolla afirmou que o órgão foi até o local para verificar o fato e após a constatação da denúncia, o caso foi encaminhado à Polícia Civil. “O conselho defende a sociedade e quando há um atendimento irregular, a exemplo desse, nós passamos o caso à polícia”, explicou. Conforme o gerente da empresa, Claúdio Osmar da Silva, a Olho Universal foi vencedora de uma licitação da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), no entanto, eles agendaram os clientes com o Estado e assim vieram ao Tocantins e realizaram a modelagem e preparação da prótese, uma vez que ontem seria a entrega dessas próteses. “A gente faz esse trabalho em todos os estados, alguns estados e secretarias têm seu departamento já próprio para atendimento. Mas esse trabalho é feito e analisado depois por médicos”, afirmou Silva, em entrevista à TV Anhanguera. Segundo o delegado da Polícia Civil, Ricardo Moreira de Toledo, para esse procedimento ser legal precisaria de um médico. “A empresa mineira que ganhou a licitação não encaminhou esse especialista, então eles não poderiam estar fazendo implante”, comentou. Fonte: Jornal do Tocantins
Empresa é investigada por implantes de próteses, em Tocantins
29/03/2010 | 03:00