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Foi aberto nesta segunda-feira, dia 15, o III Fórum Nacional de Urgência e Emergência, realizado no Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers). Durante dois dias, gestores e especialistas do estado e do País debatem questões como: a superlotação das emergências, a escassez de leitos hospitalares, a pouca valorização do médico emergencista, a proposta de criar a especialidade médica em urgência e emergência, a ‘vaga zero’ e a limitação do número de pacientes por médico, a partir de resolução editada pelo Cremers no ano passado.

O presidente do Cremers, Rogério Wolf de Aguiar, abriu o evento saudando os seus organizadores, o coordenador das Câmaras Técnicas do CRM, Jeferson Piva, o coordenador da CT de Urgência e Emergência, Luiz Alexandre Alegretti Borges e o coordenador da CT de Urgência e Emergência do CFM, Mauro Ribeiro.

“O Cremers tem como dever de ofício enfrentar não apenas questões pontuais envolvendo médicos, mas também respaldar e estimular encontros como esse sobre urgência e emergência para que possamos trabalhar juntos na busca de soluções que levem a um atendimento melhor à população e à valorização dos profissionais médicos”, disse Mauro Ribeiro.

O secretário de Saúde de Porto Alegre, Carlos Henrique Casartelli, também destacou a relevância do encontro e aproveitou para manifestar sua solidariedade à luta para que a emergência seja também uma especialidade médica, prevendo que se isso acontecer será uma conquista para a saúde.

O vice-presidente da Associação Médica Brasileira, Newton Barros, comentou que é sempre importante debater as questões que envolvem a emergência e também a proposta de especialidade médica para os emergencistas. O diretor da Amrigs, Alfredo Cantalice Neto, disse que o ‘evento empolga por sua programação abrangente” e avaliou que hoje as emergências superlotam também em função de equipes básicas de saúde em número insuficiente.

O coordenador da CT de Urgência e Emergência, Luiz Alexandre Alegretti Borges, agradeceu pelo fato de Cremers e CFM colocarem como prioridade essa área de atuação e anunciou a proposta de criar, com apoio de gestores públicos e privados, cursos de atualização e capacitação de emergencistas, além de manter firme a luta para transformar emergência em especialidade médica.

Prioridades – Também integrante da mesa de abertura, o coordenador da CT de Urgência e Emergência do CFM, Mauro Ribeiro, afirmou que as emergências são consideradas ‘o patinho feio’ do sistema e que isso precisa mudar. Entre as lutas prioritárias para que o serviço melhore, ele listou uma série de medidas, como:

Abertura de mais leitos, em especial leitos de UTI para os pacientes das áreas vermelha e laranja das emergências; melhora da capacitação das equipes; criação d a especialidade médica em emergência; acolhimento com classificação de risco em todos os hospitais de pronto socorro; condições dignas de trabalho aos médicos das emergências, que trabalham sobrecarregados; regulação do sistema desde os programas de prevenção até os hospitais; a ‘vaga zero’ e a limitação do número de pacientes por médico, segundo resolução 07/2011 do Cremers.

Emergência – O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto d’Ávila, proferiu a conferência ‘Atendimento médico de emergência no Brasil, um caos: médico exposto e população insatisfeita’ na abertura do fórum.


Depois de relatar experiências que teve em suas viagens pelo país, constatando as dificuldades de trabalho dos médicos e de assistência nessa área, d’Ávila comentou que há uma demanda crescente nas urgências e emergências, que ‘estão assumindo a condição de porta de entrada do sistema, o que não pode ocorrer’.

Algumas das causas para a atual situação do setor foram enumeradas pelo presidente do CFM: subfinanciamento, mau gerenciamento, subdimensionamento, concentração de especialidades em grandes centros, insuficiência da rede de média complexidade e escassez de leitos. “Acima de tudo falta vontade política para melhorar essa situação”, salientou.

“A área das emergências, com raras exceções, é a mais negligenciada nos hospitais, e deveria ser a mais privilegiada -, frisou, comentando que não há estímulo financeiro, trabalhista e intelectual para os médicos que ali atuam”, defendeu.

Entre as dificuldades a que estão sujeitos os médicos das emergências, citou: maior exposição ao erro profissional, dificuldade na preservação do sigilo, ausência de vínculo com pacientes, sobrecarga e desvalorização profissional.

D’Ávila abordou também aspectos dos processos éticos e das demandas judiciais envolvendo médicos.


Fonte: Cremers
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