O Ministro da Saúde, José Saraiva Felipe esteve no CREMERJ no dia 7 de novembro para se reunir com a diretoria, o corpo de conselheiros, membros de câmaras técnicas, com representantes de inúmeras sociedades de especialidades, diretores de hospitais, e parlamentares da área da Saúde, para debater os principais problemas da Saúde no Brasil, e especialmente no Rio de Janeiro. O Ministro falou para um auditório lotado com mais de 200 pessoas, ao lado do anfitrião, o presidente do CREMERJ, Dr. Paulo Cesar Geraldes, a representante da Frente Parlamentar da Saúde, Deputada Federal Jandira Feghali, o diretor do Conselho Municipal de Saúde, Sr. Adelson Alípio, e do Secretário de Atenção à Saúde, Dr. José Gomes Temporão. O Ministro, que teve uma reunião apenas com a diretoria do CREMERJ antes do encontro, quando recebeu uma pauta de reivindicações para salvar o setor saúde no estado, reafirmou o empenho pela regulamentação da Emenda 29, que destina verbas e classifica onde os recursos devem ser aplicados “para coibir práticas de desviar verbas da saúde para outros projetos, até importantes, como aterros sanitários e bandeijões, mas que não tem nada a ver com a saúde diretamente”, explicou. Saraiva Felipe disse ainda, que “é essencial que os nossos parceiros, o Estado e o Município, se mobilizem para cumprir o acordo firmado com o Ministério, na época da intervenção”. O Ministro discorreu também sobre o apoio e colaboração “imprescindíveis que a Deputada Jandira Feghali tem dado aos projetos e pleitos do Ministério, principalmente no que se refere ao discontingenciamento das verbas, já que nosso orçamento está bastante combalido”. O Presidente do CREMERJ, Dr. Paulo Cesar Geraldes disse que “esperamos pronunciamento acerca das propostas e ações do Ministério da Saúde, em especial quanto ao financiamento, recursos humanos e ações de assistência no Rio de Janeiro, bem como a articulação entre os três níveis de poder em nosso Estado”. Ele lembrou que ainda não saíram do papel algumas propostas acordadas entre o Ministério e a Prefeitura “como a criação da Central de Regulação, o Programa de Saúde da Família , e mesmo o SAMU, que já funciona, ainda apresenta várias falhas”. O Dr. Geraldes também abordou o caos em várias emergências, as gerais e as psiquiátricas, por falta de profissional, “o que compromete o setor em vários hospitais”. O Presidente do CREMERJ ressaltou também que o aumento dos salários assim como a aprovação do Plano de Cargos e Salários é essencial para manter o médico no serviço público. O CREMERJ ainda se posicionou pela regulamentação da Emenda 29 e contra a Casa de Parto. O presidente do CREMERJ chamou a atenção para a área da Saúde Mental, abordando as seguintes questões: o número insuficientes de CAPS, a necessidade de aumentar a oferta pública de leitos para internação, a inexistência de leitos para internação em crise, e a inexistência de emergência psiquiátrica. Com apauta de pontos abordados pelo CREMERJ, o Ministro anunciou que o déficit de recursos humanos nos hospitais federais ( que estavam sob gerência da prefeitura mas foram re-federalizados) será resolvido com um concurso público já autorizado e que agora está a cargo da UFRJ para organizar. Os principais parlamentares da área de Saúde do Rio, como os deputados estaduais Paulo Pinheiro e Cida Diogo (PT), e o vereador Adelino Simões, estiveram presentes. O Ministro teve de sair do encontro para compromissos em São Paulo, mas uma platéia que depois elencou uma série de problemas foi ouvida pelo Secretário de Atenção à Saúde, Dr. José Gomes Temporão, que respondeu a todos e anotou uma série de reivindicações.