Reunidos em assembléia nesta terça-feira (31 de janeiro), os médicos de Roraima aceitaram a proposta da Amil de pagar R$ 42,00 pela consulta, CH de R$ 0,38 para os procedimentos e de R$ 0,34 para os Serviços Auxiliares de Diagnóstico e Tratamento (SADT), a partir de 1º de fevereiro, mediante a formação de uma comissão para estudar a implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Além disso, o reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aos planos este ano será repassado aos médicos. “A adoção de valores próximos aos da CBHPM pela Amil e a perspectiva de implantá-la a curto prazo foram grandes conquistas do movimento médico”, avalia o coordenador da Comissão Estadual de Honorários Médicos, Marcos Cavalcanti Albuquerque. A comissão que irá preparar a implantação da CBHPM será formada por representantes das entidades médicas, Amil, Abramge regional e da ANS, tendo em vista o processo de contratualização. Como os médicos haviam se descredenciado da Amil, diante do acordo, o atendimento será normalizado. Outra decisão da assembléia foi enviar uma contra-proposta ao grupo Unidas contemplando o valor da consulta acima de R$ 38,00 e a adoção da CBHPM com redutor de 20%, desde que seja estabelecido um cronograma de reajustes para que se atinja a consulta a R$ 42,00 e a Classificação plena. Os médicos ressaltam, ainda, que não aceitarão que operadoras ligadas à Unidas reduzam os valores atualmente pagos. Os Correios, por exemplo, remuneram os profissionais em R$ 40,50 por consulta desde dezembro de 2004. “A classe está unida e consciente de que não serão tolerados retrocessos”, garante o coordenador. Bradesco e Sul América não apresentaram propostas aos médicos. Dessa forma, seus usuários continuam sendo atendidos apenas pelo sistema de reembolso. A assembléia mais uma vez delegou poderes à Comissão Estadual para negociar com as seguradoras em nome da classe. “Esta assembléia foi bastante prestigiada, e os profissionais mostraram-se satisfeitos com o trabalho da Comissão”, comemora Cavalcanti. “Entre os numerosos colegas, muitos participavam pela primeira vez, o que significa mais reforço para o movimento”, constata. Em 2005, foram fechados acordos de implantação da CBHPM plena com 14 planos em Roraima. Fonte: AMB