CRM VIRTUAL

Conselho Federal de Medicina

Acesse agora

Representantes do Serviço de Atendimento Médico de Urgência expuseram como o trabalho realizado e a principais dificuldades
Para entender o funcionamento do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) e conversar sobre a saúde estadual, com ênfase na atenção básica, os conselheiros do Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) se reuniram na noite de quarta-feira, 21, com a médica coordenadora do Serviço, Socorro Elizabeth, e os médicos reguladores Franco Ângelo e Maria Delcídia de Souza, na sede do Regional. O encontro foi aberto com a explanação através de slides, por parte da médica Socorro Elizabeth, de como funciona o SAMU no Acre. Ela informou que o Serviço tem 23 viaturas espalhadas por todo o Estado, sendo quatro em Rio Branco. “A Capital possui dois tipos de viatura: a de suporte básico (três), para atendimentos de emergência, e a de suporte avançado, para atendimentos de urgência. Uma estimativa do Ministério da Saúde diz que para cada 100 a 150 mil habitantes o Estado deve disponibilizar uma viatura básica, e de 400 a 450 mil, uma de suporte avançado. No Acre, pelo número de habitantes, a quantidade disponível é ideal”, explicou a coordenadora. Elizabeth ainda revelou que em breve o Estado vai receber duas lanchas com todo o equipamento necessário para realização de atendimento. Segundo ela, os municípios de Cruzeiro do Sul e Marechal Thaumaturgo serão os contemplados. Ela acredita que o Serviço necessita ainda de um veículo traçado, pois em períodos chuvosos a dificuldade de acesso em alguns pontos do Estado é enorme. “Algumas ocorrências deixam de ser atendidas pela dificuldade de acesso aos locais em época de chuva. Um automóvel traçado seria ideal para acabar com isso”, disse a médica. Problemas Elizabeth destacou que vários obstáculos são encontrados pelas equipes do SAMU na hora da realização de atendimentos. “Uma das nossas dificuldades é fazer com que aqueles que solicitam o Serviço entendam o motivo de fazermos tantos questionamentos quando atendemos uma ligação. O SAMU trabalha com critérios de avaliação das ocorrências. Todas as chamadas passam pelo médico regulador e ele define qual é a prioridade. Há as de importância mínima, média e máxima, por isso fazemos tantas perguntas, pois precisamos saber em qual dos níveis se encaixa. Após o enquadramento, o médico regulador libera ou não a viatura. Não podemos disponibilizar viaturas a todas as ocorrências, nem teríamos como fazer”, ilustrou. A médica disse também que o trote telefônico é freqüente. “Geralmente são crianças que ligam, no horário de entrada de saída das aulas. De 200 a 300 ligações que recebemos por dia, 40% são trotes. É um problema que dificulta muito o andamento do nosso trabalho. Se enviamos uma viatura para atender uma chamada dessa natureza, ficamos com uma unidade a menos para atender uma ocorrência realmente necessária”, lamentou a coordenadora. Por conta desse problema detectado, o SAMU deve realizar em 2008, o projeto Samuzinho, que vai selecionar crianças com idade a partir dos sete anos. “Vamos escolher as crianças, vesti-las como Samuzeiros e realizar palestras, peças teatrais e outras atividades instrutivas para fazer com que elas entendam o Serviço, a importância dele para a sociedade. É uma atividade de conscientizar visando multiplicar as informações entre a população”, comentou Elizabeth. CRM-AC se coloca à disposição para colaborar Os conselheiros do CRM-AC informaram aos representantes do SAMU que estão disponíveis para colaborar com as necessidades do SAMU e buscar alternativas para problemas encontrados. Para isso, foi solicitado que ambos unam forças para alcançar o objetivo. “A preocupação do CRM-AC é orientar, ouvir os problemas. Estamos abertos a discussões em busca de alternativas. Temos como objetivo ajudar, cuidar da saúde da população e dos bons médicos, fiscalizando o exercício da medicina e as condições de trabalho oferecidas”, disse a presidente do CRM-AC, Dilza Ribeiro. O 1º Secretário do Regional, Antônio Clementino da Cruz Júnior, afirmou que o problema no sistema de saúde do Estado não está na quantidade do atendimento, mas sim na qualidade. “O médico precisa ter condições adequadas de trabalho para oferecer um atendimento eficiente e de qualidade à sociedade”, ressaltou. A reunião resultou em um acordo entre o Regional e os representantes do Serviço. O SAMU vai enviar todos os meses ao CRM-AC, juntamente com a escala de médicos já encaminhada mensalmente, um relatório com os principais problemas detectados pelas equipes durantes a execução dos atendimentos. “É preciso que a categoria médica se una, mostre força. De fiscalizações à cursos de atualização, o Regional está pronto para colaborar, seja no que for”, afirmou o conselheiro presidente da Comissão de Fiscalização do CRM-AC, José Matheus Arnaldo dos Santos. Fonte: CRM-AC

Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.