Cerca de duas mil pessoas participaram do protesto na capital, que começou às 9h30 com uma concentração da Boca Maldita e encerrou na praça Santos Andrade, em frente ao prédio da UFPR. “A participação expressiva da classe médica, estudantes de Medicina e ainda da população na manifestação de hoje só confirma o descaso que sofre a saúde pública no país, e não só do ponto de vista do médico. O paciente também quer lutar pelos seus direitos, não podemos ter relatos de pessoas viajando quilômetros de distância até Curitiba para fazer um simples raio-x ou para uma consulta por falta de profissionais e estrutura no interior”, afirma o presidente do CRM-PR, Alexandre Gustavo Bley.
Os protestos pediam, entre outros assuntos, a sanção do Ato Médico pela presidente Dilma Rousseff e a manutenção da prova do Revalida para médicos formados no exterior, assim como aplicação de testes de proficiência na língua portuguesa para os estrangeiros. Os manifestantes também reivindicaram melhores condições de trabalho no SUS, com mais investimentos em infraestrutura, e criação de carreira de estado com melhores salários para o médico.
Em julho de 1975 nevou em Curitiba. Quase 40 anos depois, em julho de 2013, a Rua das Flores teve uma manhã marcada pelo branco dos jalecos de médicos e estudantes que protestaram por uma saúde de qualidade. Aquele foi um dia inesquecível para a população de Curitiba. Hoje foi um dia que ficará na memória da classe médica paranaense.
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RESPEITO À POPULAÇÃO!
RESPEITO À CONSTITUIÇÃO!
RESPEITO À PROFISSÃO MÉDICA!