Em audiência pública no Senado Federal, realizada nesta quarta-feira (22), com o objetivo de discutir a Saúde Suplementar, os integrantes da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) entenderam que a remuneração médica tem que melhorar. Ao final do debate, requerido pelos senadores Paulo Davim e Humberto Costa, foi proposto pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que as entidades médicas contemplem em um documento suas principais reivindicações para serem debatidas entre todos. As entidades médicas que já vêm se movimentando, avaliaram como proveitoso o encontro e vão se mobilizar para elaborar as propostas.
Durante a audiência, o representante da Associação Médica Brasileira (AMB), José Luiz Dantas Mestrinho, apresentou um relatório com a análise dos planos de saúde no Brasil, destacando a interferência das operadoras na relação médico-paciente. Segundo ele, a maioria dos profissionais levam cerca de 21 a 30 anos de formação e encontram-se na área suplementar, avaliando em 5 esse sistema, de uma escala de 0 a 10. De acordo com os dados divulgados, 92% dos médicos entrevistados afirmaram a interferência na autonomia de seu trabalho. A CASSI foi classificado como pior plano pelos profissionais.
Não é mais como antigamente, o Brasil está indo para um caminho perigoso, onde corremos o risco de perder especialidades, por causa do trabalho árduo e remuneração simbólica. Nós trabalhamos com o que é mais importante e não podemos estabelecer o nosso preço? Vivemos num momento crítico que já ocorria na saúde pública e agora está na suplementar.
Além do presidente da Comissão, senador Jayme Campos, também estiveram presentes representantes da SDE, Vinícius Marques Carvalho e UNIMED, José Cláudio de Oliveira.
Fonte: Blog Fala Médico