“É preciso vacinar com rapidez e eficiência uma grande parcela da população mais vulnerável à covid-19, protegendo a saúde e a economia do País, auxiliando na redução dos casos graves, das internações e mortes e, ainda, possivelmente auxiliando na redução da transmissão da covid-19 e de variantes virais mais contagiosas”. É o que afirma o Conselho Federal de Medicina (CFM) no documento “Vacinas em investigação para a covid-19”.
A autarquia considera positiva a estratégia adotada pelo País de fabricar algumas vacinas como forma de garantir acesso prioritário e racional ao imunizante, além de um custo sustentável para o Estado, mas afirma que não basta ter vacinas disponíveis.
Para assegurar que isso ocorra, é necessário haver valorização do Programa Nacional de Imunizações e respeito ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 do Ministério da Saúde, além de um esforço logístico nacional para que a vacina chegue a todos os cantos do País e de uma campanha de esclarecimento da população a fim de combater informações dos que tentam desacreditar o esforço de vacinação.
O Conselho também defende que sejam respeitadas as decisões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e assegurada a transparência no processo de decisões envolvendo a análise dos pedidos de aprovação, bem como rigoroso monitoramento e fiscalização após a vacinação, o que permitirá identificar e controlar eventuais efeitos adversos. Advoga, ainda, a manutenção das medidas de regramento de contato social, a adoção de máscaras e a higienização constante, que são consideradas fatores de proteção contra a doença.

Prioridade: populações mais vulneráveis devem ser rapidamente imunizadas contra covid-19 em larga escala (Breno Esaki/Ag. Saúde)