O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital, agradeceu ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) pela contínua oferta de vagas em seus cursos e estágios aos egressos de medicina provenientes de Cabo Verde, na África. O IMIP é uma instituição pernambucana de reconhecida excelência nos campos do ensino, pesquisa, extensão e assistência.
Essa oportunidade de aprendizado e intercâmbio é resultado de um convênio entre o CFM e a Ordem dos Médicos de Cabo Verde. Trata-se ainda de uma das várias iniciativas da instituição, que se consolidou como hospital de referência para aprendizado de estrangeiros. A origem dos seus acadêmicos e pós-graduandos abrange – além de Cabo Verde – países como Argentina, Chile, Costa Rica, Eslováquia, Grécia e Suécia, entre outros.
“É um pequeno retorno que nós, brasileiros, damos pela imensa dívida que temos com a África e principalmente os países lusófonos”, disse o presidente do IMIP, Gilliatt Falbo, ao receber o ofício de reconhecimento. Atualmente, médicos cabo-verdianos podem realizar no IMIP treinamentos em ortopedia, cirurgia geral, endoscopia e medicina fetal.
Validade do título – O IMIP reforça que os títulos provenientes desses cursos não têm validade para médicos estrangeiros exercerem a medicina nem a especialidade no Brasil. As regras para estágios de médicos estrangeiros são regulamentadas pelo CFM (Resolução nº 1.832/2008) e determinam que “no certificado de conclusão do curso deverá constar (…) que o mesmo não é válido para atuação profissional em território brasileiro”. No entanto, os títulos podem ser validados, e esses profissionais estrangeiros podem ser especialistas nos seus países de origem. O certificado discrimina a carga horária e o conteúdo abordado.
Coordenador da pós-graduação do IMIP, Eduardo Jorge da Fonseca conta que o instituto sempre manteve contato com países africanos de língua portuguesa e recebe tradicionalmente médicos de Angola e Moçambique, por exemplo, para estágios em regime de residência. “Alguns, além de estágio, fizeram mestrado. Em relação a Cabo Verde, recebemos a primeira turma em março de 2014. Recentemente, o convênio foi renovado, e receberemos outro grupo em março. É uma troca de saberes.”
SUS financia intercâmbio – Os programas de intercâmbio do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), que são geridos com recursos provenientes integralmente do Sistema Único de Saúde (SUS), visam integrar os estrangeiros à realidade da medicina praticada na instituição de excelência reconhecida. De acordo com o diretor de Ensino do IMIP, o pediatra João Guilherme Alves, o recebimento de alunos de outros países ocorre há mais de três décadas.
Para o programa de pós-graduação (mestrado e doutorado), o IMIP, desde 2003, reserva duas vagas anualmente para alunos de países africanos de língua portuguesa, sem nenhum ônus. “O país com o maior número de formandos foi Angola. Cabo Verde não conta com escolas médicas, e a maioria de seus médicos são formados em Portugal. O IMIP ofereceu todo o apoio, ao seu alcance, para a instalação de uma escola médica em Cabo Verde, e esse processo, com intermediação do CFM, se encontra em curso”, relata.
Mario Sena, médico cabo-verdiano que viveu a experiência de treinamento no IMIP, exalta a oportunidade e agradece a professores, colegas e amigos: “Podem estar seguros de que quem vos agradece sou eu, mais em mim está meio milhão de pessoas que irão me receber, acolher e irei ajudar, porque ajudaram Cabo Verde a formar mais um ortopedista”, disse.
Eduardo da Fonseca confirma a intensidade da experiência. “São pessoas muito dedicadas ao aprendizado e comprometidas. Tenho certeza que farão toda a diferença quando retornarem.”
Educação médica: CFM parabeniza ação educativa do IMIP
28/02/2017 | 17:30
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