A repercussão da Troca de Informações em Saúde Suplementar (TISS) no dia-a-dia do médico foi o tema da discussão que encerrou o II Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina. O padrão da TISS foi estabelecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para que os prestadores informem às operadoras dos planos privados os serviços em saúde prestados, por meio de uma única guia para todos os planos. O assunto recebeu destaque no Pleno Nacional pela proximidade do fim do prazo para a adoção obrigatória da TISS por meio eletrônico, fixado pela ANS em 1º de dezembro, a partir do qual os médicos devem enviar por meio eletrônico (internet) a sua produção mensal. A partir dessa data, a Agência exigirá que as informações sobre os serviços sejam repassadas por meio da internet. O prazo é questionado pelos médicos, que encontram o apoio do Conselho Federal. O conselheiro federal Aloísio Tibiriçá Miranda representa o CFM no Comitê de Padronização das Informações (COPISS), grupo responsável pelo desenvolvimento e o aperfeiçoamento do padrão TISS. Ele declarou que “o CFM não concorda com o prazo fixado para implantação do TISS. A adesão deve ser voluntária, adotando os preceitos éticos”, defende o conselheiro. Segundo ele, a partir de agora, esse vai ser o argumento defendido pelo Conselho no COPISS. Em sua exposição, Tibiriçá avaliou que, apesar da ANS, dentro dos conceitos do TISS, diminuir os custos administrativos na saúde suplementar, esses custos diminuem somente para as operadoras. Para o médico, os custos administrativos e financeiros seriam aumentados em função da necessidade de informatização e demais demandas geradas por toda a implantação do processo no consultório.
Discussão sobre TISS encerra II ENCM
10/10/2008 | 03:00