A diretoria da Unimed/Ceará vai convocar na próxima quarta-feira, 5 de maio, uma assembléia com a participação de seus médicos cooperados para definir a implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), tabela que deve guiar a saúde suplementar do Brasil. A decisão decorreu de proposta da assembléia, realizada ontem no auditório da Unimed, e que foi acatada pela diretoria da cooperativa médica, informou por telefone ao O POVO o representante do Conselho Regional de Medicina do Ceará na reunião, médico Márcio Uetti. O presidente da Unimed/Ceará, médico Mairton Lucena, não definiu ainda o horário desse novo encontro. Antes de acatar a proposta da assembléia, no entanto, ele fez uma explanação sobre a evolução da Unimed nos últimos cinco anos, afirmando que os reajustes dos planos individuais nesse período chegaram a 35%, mas o número de clientes só 2,19%. Disse também que em 25 de março último repassou R$ 1 milhão e 900 mil a título de procedimentos aos cooperados e que a aplicação da tabela cheia causaria um impacto de 40% nas finanças da Unimed. A vice-presidente da Associação Médica Cearense, médica Marjorie Mota, entende, no entanto, que a cooperativa tem potencial para equilibrar suas finanças aplicando a CBHPM, tabela que baliza valores mínimos a serem pagos aos profissionais pelos procedimentos médicos realizados. ”Nós médicos, como donos da Unimed, podemos decidir pela implantação”, afirmou. A partir de amanhã fica suspenso o atendimento aos planos Bradesco e Sulamérica e no dia 30 de maio também Cassi e Camed, informou a médica. Fonte: Jornal O Povo (CE)