Capitaneadas pela Comissão Nacional Pró-SUS do CFM (Conselho Federal de Medicina), as entidades médicas lançam, neste 18 de outubro, Dia do Médico, um processo de mobilização nacional que culminará com uma paralisação de 24 horas no dia 21 de novembro. O objetivo é elevar o nível de combatividade do movimento nacional dos médicos em torno dos interesses da categoria. CFM, AMB (Associação Médica Brasileira) e Fenam (Federação Nacional dos Médicos) serão representadas por uma comissão nacional em defesa do trabalho médico no SUS. A comissão nacional está norteando a criação das comissões estaduais, com representação dos conselhos regionais, sindicatos e associações estaduais, que elaborarão uma agenda de ações centradas na luta pela melhoria no atendimento à população, das condições de trabalho e remuneração digna. De acordo com o coordenador da Comissão Pró-SUS, Geraldo Guedes, a situação difícil da assistência no SUS, principalmente na média complexidade e na urgência e emergência, penaliza repetidamente o médico: a ele é imputada a responsabilidade pela baixa qualidade do serviço; a população o considera culpado por não ter acesso ao serviço necessário; e sobre ele pesa uma remuneração insuficiente. “O conhecimento desse contexto é que levará certamente os médicos a tomarem uma posição firme no plano nacional contra isso”, considera. A mobilização conta ainda com a publicação de notas, nos principais jornais do país; chamada na TV em rede nacional; solicitação, pelas entidades médicas, de audiência com os líderes dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário) durante a semana do médico; e organização das entidades médicas em ato público pela regulamentação da Emenda Constitucional 29 em parceria com a Frente Parlamentar de Saúde.
Dia do Médico é marco inicial de mobilização nacional em defesa do SUS
18/10/2007 | 02:00