CRM VIRTUAL

Conselho Federal de Medicina

Acesse agora

Prescrição Eletrônica

Uma solução simples, segura e gratuita para conectar médicos, pacientes e farmacêuticos.

Acesse agora

Estudiosos que trabalham com o tema “desigualdades raciais em saúde” constataram que a população negra também é discriminada neste âmbito. O sistema público de saúde não está preparado para tratar patologias específicas dos negros, prejudicando diagnósticos, como o da Anemia Falciforme. Este é um dos motivos, que levou entidades a realizarem o 1º Seminário de Saúde da População Negra do Estado de SP, que irá acontecer no dia 13/05, no Memorial da América Latina. O Conselho Estadual da Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, com o apoio do Centro de Estudos das Relações de Trabalho – CEERT, realizam no dia 13 de maio, o 1º Seminário de Saúde da População Negra do Estado de São Paulo, a partir das 8h30, no Memorial da América Latina – auditório Simon Bolivar. O objetivo do evento é propiciar a definição de uma agenda estadual de prioridades em saúde, que inclua a dimensão étnico-racial e contemple as necessidades diferenciadas da população negra. O evento será um espaço privilegiado de discussão sobre o tema, pois lá estarão representantes do poder executivo, gestores, lideranças regionais e outros atores diretamente ligados à saúde pública do Estado de São Paulo. Estarão presentes ao evento prefeitos, secretários municipais de saúde, representantes dos conselhos municipais de saúde dos 645 municípios do Estado de São Paulo, lideranças regionais e autoridades, entre eles a ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, e o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin. Está prevista a participação de duas mil pessoas. A saúde da população negra no Estado de São Paulo – aspectos históricos Pesquisas apontam que os negros no Brasil possuem menos escolaridade, menor salário, residem em bairros de periferia das grandes cidades e estão excluídos de vários direitos sociais. Além disso, estudiosos que trabalham com o tema “desigualdades raciais em saúde” constataram que a população negra também é discriminada quando o assunto é saúde. Segundo Maria Aparecida Silva Bento, diretora executiva do CEERT, doutora em Psicologia pela USP e pesquisadora associada do Instituto de Psicologia da USP, o sistema público de saúde não está preparado para tratar patologias específicas dos negros, prejudicando diagnósticos, como o da Anemia Falciforme. Desta forma, percebe-se a necessidade de implementar no atendimento hospitalar, uma ficha de identificação, que tenha junto aos dados pessoais, a cor do paciente. “O CEERT apóia o 1º Seminário da População Negra de São Paulo, justamente para conscientizar, não só a população negra e afro-descendentes deste problema, como as autoridades responsáveis pelos sistemas de saúde”. Desde os anos 80, pesquisadoras e ativistas negras vêm evidenciando que a maior taxa da mortalidade infantil é entre as crianças negras. As pesquisas também mostram que a prevalência de mioma uterino é maior entre as mulheres negras. Outros estudos sobre a “mortalidade materna”, no Estado do Paraná, mostram, que as mulheres negras morrem cinco vezes mais que as brancas por morte materna. Também consta em pesquisas, que a atenção recebida pelas mulheres negras nos serviços de referência em DST/HIV/AIDS no Estado de São Paulo é inferior a recebida pelas brancas. Sem contar, que a mortalidade por AIDS é maior entre as mulheres negras. Responsabilidade social O CEERT é uma organização não-governamental, que há 13 anos produz diagnósticos e conhecimentos sobre relações raciais e de gênero. Também atua na elaboração de políticas e programas institucionais destinados à promoção da igualdade de oportunidade e tratamento, visando eliminar todas as formas de discriminação.

Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.