O Cremego promoveu no dia 9 de março uma segunda rodada de negociações em busca de uma solução para o descredenciamento em massa de cirurgiões cardiovasculares da capital do Sistema Único de Saúde (SUS). Desde o início de fevereiro, os 20 médicos cooperados da Cooperativa dos Cirurgiões Cardiovasculares de Goiás (Copaccardio), deixaram de operar pelo SUS. Com esse descredenciamento, apenas dois cirurgiões continuam atendendo pacientes do SUS em Goiânia. Preocupado com a situação, o presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, convidou representantes da Copaccardio, da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (Aheg), o secretário de Saúde de Goiânia, Paulo Rassi, e a secretária Estadual de Saúde, Irani Ribeiro de Moura, para discutirem uma solução que garanta a volta dos médicos descredenciados ao trabalho e normalize o atendimento à população. Também participaram do encontro, realizado na sede do Cremego, os diretores e conselheiros Célio Heitor de Paula, Ciro Ricardo Pires de Castro, Fernando Paceli Neves de Siqueira, Lívia Barros Garção, Lueiz Amorim Canêdo, Robson Azevedo, Rodrigo Fonseca e Leonardo Mariano Reis, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás. Alegando a extrema defasagem da tabela de honorários do SUS, os cirurgiões cardiovasculares condicionam a retomada do atendimento à equiparação desses valores aos da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Assim, os honorários dos médicos passariam dos atuais 894 reais para cerca de R$ 6 mil. Todos os participantes da reunião consideraram a reivindicação justa, mas os secretários alegaram dificuldades para atender o pedido. Segundo Paulo Rassi, o município não tem recursos para reajustar a tabela do SUS nem poderia conceder o aumento a apenas um grupo de prestadores de serviços. A secretária Estadual da Saúde propôs a criação de uma comissão formada pela Secretaria Estadual de Saúde, Secretarias Municipais de Saúde da capital, Aparecida de Goiânia e Anápolis e AHEG para discutir o reajuste com o Ministério da Saúde, parlamentares e Governo Estadual. Ela estipulou um prazo de 90 dias para que a comissão apresente seus primeiros resultados e pediu aos médicos que já retomem. O presidente da Copaccardio, Wilson Mendonça Júnior, concordou com a criação da comissão, mas vai se reunir com os cooperados para analisar o pedido de retorno ao trabalho. Fonte: Cremego
Descredenciamento de cirurgiões cardiovasculares volta a ser discutido no Cremego
12/03/2010 | 03:00