O inquérito Demografia Médica do Brasil 2015, lançado nesta segunda-feira (30) constatou ainda que a maioria dos médicos tem mais de um emprego, submete-se a longas jornadas semanais, são assalariados e comumente fazem plantões. No exercício profissional, 59,1% dedicam-se apenas a atividades clínicas e assistenciais; 37,8% acumulam a clínica com cargos de gestão, docência ou pesquisa e 3,1% atuam apenas em atividades de gestão, administrativas ou de docência. Dos médicos que realizam consultas e atividades clínicas, 36,6% realizam cirurgias, seja em nível ambulatorial ou hospitalar. O estudo, na íntegra, pode ser acessado aqui.

Os médicos também têm muitos vínculos empregatícios. Apenas 22% dos médicos têm apenas um empregador, sendo que 29,5% trabalham em dois lugares; 24,3% têm três vínculos; 12% respondem a quatro empregadores; 6,8% trabalham em cinco lugares e 5,4% em mais de seis.

A multiplicidade de empregos é mais comum entre os mais jovens. Dos que têm até 35 anos, 28,7% têm quatro ou mais vínculos empregatícios e 7,1% têm seis ou mais vínculos. Nessa faixa etária, apenas 18% têm apenas um único emprego. Os médicos com mais de 60 anos formam o grupo com menor número de empregos: são 40,8% com um único vínculo e 35,4% com dois.

O Nordeste é a região onde há maior porcentagem de médico com quatro os mais vínculos de trabalho: são 29%. No Sul, são 26% e, no Sudeste, 22,9%. Na outra ponta, o Sudeste tem 24,5% dos médicos com apenas um vínculo de trabalho e no Nordeste, 14,3% têm apenas um emprego.

Jornada de trabalho – Se têm muitos vínculos trabalhistas, os médicos, consequentemente, trabalham muito: 75,5% deles trabalham mais de 40 horas por semana, sendo que 43,1% dedicam à medicina de 40 a 60 horas semanais; 15,5% trabalham de 60 a 80 horas e 16,9% conseguem ter uma jornada superior a 80 horas semanais.

Apenas 5,2% têm uma jornada de até 20 horas por semana e 19,4% trabalham de 20 a 40 horas semanais. De acordo com a pesquisa, 18,6% dos médicos do Nordeste trabalham mais do que 80 horas semanais, no Sudeste, este percentual é de 17,5%; no Sul, 16,4% e no Norte, 11,5%.

São os mais jovens que têm uma carga de trabalho maior. Entre os médicos com até 35 anos, 25% trabalham 80 horas ou mais por semana. Entre aqueles que têm 35 e 60 anos, 16,6% têm esta carga horária ampliada.

Remuneração – A pesquisa também perguntou qual era a remuneração dos entrevistados: 62,4% declararam receber mensalmente até R$ 16 mil, 20,4% recebem de R$ 16 mil a R$ 24 mil e 13,4% declararam receber mais de R$ 24 mil mensais. 3,8% dos entrevistados recusaram-se a responder à pergunta.

Os jovens são os que recebem os menores salários. Entre os com até 35 anos, 31,9% ganham até R$ 8 mil. Nessa faixa etária, apenas 6,5% ganham mais do que R$ 24 mil. Entre os que têm entre 35 e 60 anos, 11,5% ganham até R$ 8 mil e 16,7%, mais do que R$ 24 mil.

Quando feita a comparação entre os sexos, as mulheres ficam com os menores salários. Na faixa salarial de até R$ 8 mil, elas são 27,9% e os homens, 14,1%. Na faixa acima de R$ 24 mil, os homens são 20,1% e as mulheres, 4,4%.

Apesar de concentrarem um percentual menor de médicos, as cidades do interior remuneram melhor os médicos. Na faixa salarial que vai até R$ 8 mil, estão 21,8% dos médicos das capitais e 17,7% do interior. Entre quem ganha acima de R$ 24 mil, estão 12,1% dos médicos das capitais e 15,1% desses profissionais do interior. Já 76,8% dos médicos das capitais e 73,9% dos médicos do interior estão na faixa salarial de até R$ 20 mil. 

 

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