A assistência precária à saúde na Paraíba não se restringe à capital, João Pessoa. A ineficiência das unidades de saúde do interior tem contribuído para a super lotação nos hospitais da cidade. Em 25 de maio (quarta-feira), o CRM-PB interditou o bloco cirúrgico do hospital regional de Itabaiana, a 80 km da Capital. Durante maio, a unidade não registrou a presença de um único profissional nos plantões. Na cidade de Guarabira, a 85 km de João Pessoa, a situação é semelhante, com a ausência de médicos.
No Regional de Itabaiana, 15 médicos, entre pediatras e obstetras, entregaram seus plantões na semana passada. “A interdição é uma medida extrema, adotada em último caso, para preservar a população e os profissionais. Um bloco cirúrgico precisa de médicos de plantão todos os dias”, explica Eurípedes Mendonça, diretor do Departamento de Fiscalização do CRM-PB. Com isso, o hospital não realizará nenhuma cirurgia, inclusive as eletivas e as cesarianas. Os pacientes terão de se deslocar para o local mais próximo: João Pessoa.
Já a cidade de Patos (300 km da Capital), no Sertão do Estado, teve sua maternidade praticamente fechada, sem anestesistas e obstetras, devido à falta de infra estrutura e diminuição dos valores pagos pelos plantões.