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A hipertensão arterial afeta cada vez mais as crianças, o que vem preocupando pesquisadores. Peso acima do normal pode ser o maior causador do problema. Pediatras devem estar atentos. Enganam-se os que pensam que pressão alta seja somente problema de adultos. Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais, publicado no Jornal de Pediatria(Volume 80, nº1), investigou as causas que levam ao aumento da pressão arterial em crianças e constatou: obesidade é a maior causadora de problemas cardiovasculares em crianças. O estudo, que abordou 672 crianças, entre dois e 11 anos de idade, considerou variáveis como idade, sexo, cor da pele, índice de qualidade de vida urbana, estatura e índice de massa corporal. Das crianças avaliadas, 61% eram estudantes de escolas públicas e 39%, de escolas particulares. As crianças tiveram a pressão arterial e parâmetros antropométricos medidos por acadêmicos do quinto ano de medicina. Através de formulário enviado aos responsáveis pelo aluno, foram avaliadas informações sobre a saúde da criança, história familiar e fatores de risco para hipertensão arterial. Quanto ao índice de massa corporal (IMC), 82,3% das crianças tiveram valores normais para a idade, sendo que 14% apresentaram sobrepeso, enquanto 3,7%, obesidade.Também houve associação entre cor da pele e IMC elevado. Das 307 crianças consideradas brancas, 21,5% apresentavam sobrepeso ou obesidade. Já entre as 364 crianças não-brancas, somente 14,5% apresentavam essa característica. Considerando o IMC e a pressão arterial dos pequenos, o estudo constatou que, com o aumento do IMC, houve um aumento significativo da pressão arterial. Contudo, níveis mais elevados de pressão arterial também foram encontrados em crianças de cor branca e moradoras de regiões com alto índice de qualidade de vida urbana. “Em conjunto, esses dados mostram que, desde a infância, o sobrepeso e a obesidade possivelmente desempenham um papel deletério para o sistema cardiovascular”, explica o estudo. Também de acordo com o estudo, pesquisas internacionais revelam que história familiar positiva para hipertensão arterial, baixo peso ao nascimento e ganho excessivo de peso na infância são sinais de possível hipertensão na vida adulta. Para os pesquisadores, principalmente pediatras, por tratarem diretamente de crianças, devem estar atentos a essa questão. “O reconhecimento dessa realidade tem implicações para a atuação do pediatra na prevenção de eventos cardiovasculares, pois tem sido demonstrado que a pressão elevada na infância pode ser um fator preditivo de hipertensão arterial sistêmica na vida adulta”, destaca o texto. O autores afirmam ser fundamental que mais pesquisas investiguem as causas da hipertensão arterial em crianças, pois “a identificação desses fatores de risco propicia uma oportunidade para que se possa intervirm, o mais precocemente possível, em uma seqüência de eventos sabidamente associados com significativa morbidade e mortalidade em adultos”, apontam. Na opinião dos pesquisadores, esse estudo pode chamar a atenção sobre a importância de o pediatra monitorar, de forma rotineira, a pressão arterial em crianças, assim como identificar precocemente fatores de risco como sobrepeso e obesidade. “Essa abordagem ainda é negligenciada em nosso meio”, lamentam. Fonte: Fenam – Informações da Agência Notisa

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