Presidente do Conselho, Marco Antônio Becker, revela que a Universidade Federal do Amazonas chegou a revalidar diploma falso, que só foi detectado pelo Cremers A decisão do Ministério da Educação de supervisionar 17 escolas médicas recebeu o apoio do presidente do Cremers, Marco Antônio Becker. O Cremers há muitos anos denuncia o baixo desempenho de vários cursos de medicina no Brasil, que são abertos por interesses políticos e econômicos. “É uma decisão elogiável, embora tardia. Muitas das faculdades de medicina que existem foram abertas alugando professores para incluir no seu corpo docente”, denuncia Becker. No Rio Grande do Sul foram fechadas duas faculdades de medicina (Unijuí e Unicruz), as únicas até hoje no país, graças à ação dos atuais dirigentes do Cremers. Uma das faculdades que recebeu nota baixa foi o curso de Medicina da Universidade Federal do Amazonas. “Esta universidade revalidou um diploma falso emitido na Bolívia que só foi detectado pelo Cremers. O registro do falso médico foi cassado pelo Conselho. A preocupação do MEC com tais estabelecimentos mostra que o Conselho está no caminho certo nas suas reivindicações.”, afirma o presidente, que há três semanas participou de um simpósio sobre formação médica na USP, no qual, diante de representantes do MEC e do Ministério da Saúde, e também do ex-ministro Adib Jatene, “alertou para o grave problema da abertura indiscriminada de cursos de medicina, boa parte sem a mínima estrutura para formar bons profissionais”. Um aspecto importante desta avaliação é que 72 faculdades de medicina, das 175 existentes, não foram avaliadas pelo MEC. “Nos últimos cinco anos, 47 novos cursos foram abertos. Quando todas essas faculdades forem avaliadas, o número de cursos com nota baixa tende a ser muito maior”, declara Becker, ressaltando que 16,5% dos cursos avaliados apresentaram desempenho insuficiente. Becker enalteceu os cursos gaúchos que ficaram entre os de melhor avaliação, como a Faculdade de Medicina da Ufrgs, a de Santa Maria e a de Ciências Médicas de Porto Alegre. Fonte: Cremers