A decisão do Ministério da Educação (MEC) de suspender 570 vagas de cursos particulares de medicina, anunciada recentemente, é acompanhada com atenção pelo Conselho Regional de Medicina de Rondônia – Cremero, por constituir intervenção que deve estimular a qualidade da formação dos profissionais do setor em todo o país. A intervenção do MEC atingiu dois cursos de medicina de Rondônia com redução de vagas (Faculdades Integradas Aparício Carvalho, 40 vagas, e Faculdade São Lucas 60 vagas). No restante do país, oito cursos tiveram reduzidas as ofertas de vagas e uma (da Universidade Iguaçu, do Rio de Janeiro) foi fechada. A determinação ocorreu em razão dos resultados insatisfatórios obtidos pelos cursos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) ou constatados pessoalmente por técnicos do ministério. O ex-ministro da Saúde Adib Jatene, que preside a comissão de especialistas que auxilia o Ministério da Educação na supervisão dos cursos, destacou que o caso de Porto Velho é um dos mais graves. Ele citou que cidade tem apenas um hospital, onde os alunos exercem a prática, embora haja três cursos de medicina funcionando. Para a presidente do Cremero, médica Inês Motta, as providências adotadas pelo MEC merecem respaldo, uma vez que buscam resguardar a qualidade do ensino da medicina e, consequentemente, valorizar a responsabilidade social que recai sobre o profissional médico. Em Rondônia, o Cremero, mantém o estímulo à atualização dos profissionais através dos cursos de educação médica continuada, realizada em parceria com o Conselho Federal de Medicina, com a preocupação de oferecer o máximo de informação sem comprometer a jornada diária dos médicos. O conselho presta, através de parceria, apoio ao curso de medicina da Universidade Federal de Rondônia – Unir. Há, atualmente, 27 instituições aguardando liberação do MEC para abrir graduações em medicina. Segundo o Ministério, são formados todos os anos cerca de 12 mil profissionais médicos. Assessoria de Imprensa Cremero