
O presidente do Cremern, Jeancarlo Cavalcante, abriu a entrevista chamando atenção para a preocupação do conselho diante da questão, já que a medicina não reconhece o combate e a prevenção da dengue através da homeopatia. De acordo com o presidente, os médicos alopatas não acreditam nesse tipo de tratamento.
Também participaram da coletiva, a convite do Cremern, o vice-presidente da Sociedade Norte-rio-grandense de Infectologia, Hênio Lacerda, e Munir Massud, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Para Hênio Lacerda: “O combate e a prevenção da dengue nunca foram abordados em nenhum congresso de medicina. Pesquisadores nunca citaram a homeopatia como meio de minimizar os males da doença. Não existe metodologia científica para o uso de medicamentos homeopáticos. O tratamento da dengue é através de hidratação. Não há na literatura médica medicamentos para evitar a Dengue”, declarou. Ainda, segundo Hênio Lacerda, a Sociedade de Infectologia reprova, e não recomenda, o medicamento homeopático até que se tenha uma comprovação do resultado”. O infectologista também disse que as discussões municipais sobre o tratamento da doença não vêm sendo questionada junto ao órgão. Para Munir Massud, fazer uma pesquisa para uso de um medicamento em meio a uma epidemia é uma temeridade.
Durante a coletiva, os médicos apresentaram o exemplo do que aconteceu na cidade de São José do Rio Preto, no estado de São Paulo, onde o medicamento homeopático que passou a ser usado para o combate a dengue foi retirado das farmácias por não ter evidências de resultados clínicos.
Fonte: Cremern