A vice-presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Helena Carneiro Leão, juntamente com a advogada da entidade, Roberta Fernandes, esteve no núcleo regional da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em Recife, na tarde desta segunda-feira (16), para tratar de uma reclamação constante dos médicos pernambucanos: a exigência excessiva de laudos para autorização de exames por parte das operadoras de planos de saúde. Segundo eles, as operadoras determinam que os profissionais repassem, sem autorização, informações sobre as condições de saúde dos seus pacientes, contendo dados de identificação, para só então autorizar as soliticitações. “Onde está o sigilo?”, questiona Helena Carneiro Leão. Para ela, o histórico do paciente só deve interessar ao médico que está acompanhando o paciente. O Cremepe também questiona a exposição dos registros de doenças dos pacientes em guias de consultas e exames, na solicitação de pequenas cirurgias, terapias ou procedimentos em série, e em guias de internação, por considerá-la prejudicial aos usuários. Além de terem sua intimidade violada, eles ficam sujeitos a discriminações, principalmente aqueles que precisam de tratamentos caros. Outro ponto discutido foi o impasse existente na Cobertura Parcial Temporária (CPT) dos planos de saúde para doenças ou lesões preexistentes. Para a chefe do Núcleo Regional de Atendimento e Fiscalização de Pernambuco da ANS, Cynthia Beltrão Curado, a saída para o problema seria o que ela chama de Entrevista Qualificada. “As regras ficariam muito mais claras se houvesse essa avaliação médica, custeada pela operadora, antes da adesão do novo usuário”, sugere Beltrão. Reclamações de usuários da operadora Santa Clara que ficaram sem sessões de hemodiálise por conta da saída da clínica Multi Rim e a oferta do “parto parcelado”, oferecido por alguns hospitais do estado, também foram assuntos levados ao conhecimento da ANS. Fonte: Cremepe