Dezenas de médicos participaram de um ato público em frente à policlínica João de Barros Barreto, em Olinda, na manhã desta terça-feira (02). Os profissionais entregaram panfletos e explicaram o motivo da paralisação, que começou na segunda e vai até a próxima quinta-feira (04), àqueles que procuravam por atendimento médico no local. A categoria reivindica melhores condições de trabalho e de salários. Segundo representantes do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), o salário base (sem gratificações) dos médicos em Olinda é de R$ 882, contra R$ 3060 dos que trabalham na capital pernambucana. “Nós constatamos que os médicos de Olinda têm o pior salário do Brasil”, afirmou o vice-presidente do Simepe, Silvio Rodrigues. Rodrigues acredita que o salário defasado tem afastado os médicos da rede de saúde. “Há plantões desfalcados até em maternidades e PSF funcionando sem a presença de médico, o que se configura como irregularidade. Além disso, falta material de trabalho nos serviços de pronto-atendimento”, alerta. O presidente do Conselho Regional de Pernambuco (Cremepe), André Longo, participou da mobilização e fez questão de ressaltar que “o Cremepe apoia o movimento dos médicos por melhores condições de trabalho”. Até a data prevista para o fim da paralisação, somente as emergências das policlínicas estarão funcionando. Os ambulatórios e os Postos de Saúde da Família (PSFs) continuam com as atividades suspensas. Fonte: Cremepe
Cremepe apoia movimento dos médicos em Olinda
04/03/2010 | 03:00