De acordo com o Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Alagoas, Dr. Emmanuel Fortes, no Brasil, a abertura de novas Escolas de Medicina vem sendo feita sem critérios ou consulta a comunidade médica através de seus órgãos representativos. “Não é brincadeira o que vem acontecendo com o País neste aspecto. Como a medicina é uma carreira ainda atraente e mitificada, o capital tem investido indiscriminadamente na abertura de novas escolas que em hipótese alguma resolverão os problemas da saude pública no Brasil. Contribuirão sim para tornar ainda mais precária a condição do exercício profissional, ajudando a desorganizar um segmento de trabalho que lutamos bravamente para organizar. Lutamos por novos currículos, queremos pós graduação para todos e principalmente um médico identificado com seu papel social. Tudo isto não se conquista formando aleatóriamente”. Ainda segundo o Presidente do CREMAL, os governantes precisam entender que a sujeição ao capital pura e simplesmente não traz benefício algum. Os escândalos da ULBRA e da Estácio de Sá são exemplos do que a falta de regras claras faz proliferar indiscriminadamente. Instituições e Cursos sem a devida necessidade da comunidade. “O Brasil tem formado um sem número de diplomados para exercerem funções elementares. É uma distorção extraordinária alimentar o sonho de ter uma vida melhor, fazendo-o investir uma verdadeira fortuna na formação superior, e nada. Queremos sim que se formem os profissionais que o Brasil precisa, não os que as empresas de educação necessitam para manter o seu risco esquema de funcionamento”, concluiu.