CRM VIRTUAL

Conselho Federal de Medicina

Acesse agora

Enquanto cerca de 200 mil brasileiros morrem todos os anos em virtude de doenças relacionadas ao fumo, um tratado internacional de combate, prevenção e redução do tabagismo está parado há mais de um ano no Senado Federal. Trata-se da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, que se encontra atualmente na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, sob a forma do Projeto de Decreto Legislativo/PDS 604/2204, aguardando a apreciação do relator Heráclito Fortes (PTB/PI). Segundo notícias divulgadas pela imprensa, a Convenção teria empacado no Senado em virtude de pressões da indústria e de fumicultores. Fato é que ela corre o risco de não ser ratificada em tempo hábil para que o Brasil participe da primeira conferência internacional dos países comprometidos oficialmente com a Convenção-Quadro, caminhando, assim, nosso País, na contramão das nações que já se demonstraram sensíveis ao grave problema de saúde pública representado pelo tabagismo. Até o momento, mais de 50 países já ratificaram o acordo, que necessitava de apenas 40 para entrar em vigor. Entre eles, alguns dos maiores produtores mundiais de fumo, como a Índia e a Turquia. Ao não ratificar a Convenção-Quadro, o Brasil, infelizmente, vira as costas para a saúde dos cidadãos, permitindo que o tabaco continue a prejudicar e a matar milhares, milhões de pessoas nos próximos anos. Além disso, fica à margem das negociações que irão definir alternativas de substituição de lavouras e incentivos para os fumicultores. Em virtude desses problemas, a Sociedade Paulista de Oncologia Clínica e seu voluntariado têm trabalhado para sensibilizar os senhores senadores e a sociedade sobre a importância da ratificação da Convenção-Quadro. Em 31 de maio, Dia Mundial sem Tabaco, realizou, na cidade de São Paulo, a I Caminhada contra o Tabaco e pela Vida, durante a qual lançou a campanha “Brasil Unido Contra o Tabaco”. A campanha já teve uma rodada de outdoors afixados em vários pontos de São Paulo, ação que deverá ser repetida em breve no Distrito Federal e em outros estados. Custo social O custo social do tabagismo é imenso. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o fumo é fator casual de 50 doenças diferentes, destacando-se as cardiovasculares, o câncer e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas. As estatísticas demonstram ainda que 45% das mortes por doença coronariana (infarto do miocárdio), 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema), 25% das mortes por doença cérebro-vascular (derrames) e 30% das mortes por câncer podem ser atribuídas ao cigarro. Outro dado alarmante: 90% dos casos de câncer do pulmão têm correlação com o tabagismo. O hábito de fumar também traz altíssimo prejuízo financeiro. O tratamento de doenças relacionadas ao tabaco, a perda da produtividade, a antecipação de aposentadorias por doenças e invalidez e as mortes de cidadãos que poderiam estar reforçando o mercado de trabalho, só para citar poucos exemplos, causam elevado custo à saúde, à previdência, à assistência social, entre outras áreas. Nestes pontos específicos, aliás, o tabagismo é responsável pela perda mundial de 200 bilhões de dólares, mais da metade despendidos pelos países em desenvolvimento. Fonte: Acontece Comunicação e Notícias

Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.